Paraguayta
Marcelo Tupynambá
Mocidade é um sonho fugaz
Que se esvai num momento
E lembrá-lo que bem nos faz
Nos instantes de tormento!
Eu também já fui moça e feliz
Terno amante tive um dia
E que cego, doido de amor
Ao meu lado assim dizia
Paraguayta
Tu és linda flor
Qu'eu desejo
Colher!
Minh'alma aflita
Em temor
Não quer ver-te num beijo
Morrer!
O destino de toda a mulher
Faz lembrar o das rosas
Que tão lindas nos praz as ver
Nas roseiras tão viçosas
Mas se alguém de colhê-las tiver
O desejo algum dia
Adeus viço-rosa ou mulher
Sonho etéreo, fantasia
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