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A do Véi

Márcio Costa

Letra

    Não tem nada mais ingrato
    Do que a velhice chegando

    As mãos vai perdendo o tato
    As pernas se trambicando

    Molha o bico do sapato, pra
    Mijar é um aperreio

    Côcô não faço em pinico
    Se acocorar dói o joelho

    Quanto mais velho eu fico
    Cada vez fico mais feio

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai
    Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai

    As trochas se esvazeia, a pele
    Vira pelanca

    Vai chescendo a sobrancelha
    E a piroca empanca

    A voz vai ficando feia, a orelha
    Se encabela

    Os ossos se estiora, os quartos
    Se desencadela

    Mas passa o tempo piora, mas
    O velho se desonera

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai
    Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai

    Os trégua é tudo encroado, da
    Dor da goela a canela

    Os orgãos é incriquiado, inchechela
    Até a chinela

    O fígado é destiorado, o couro é todo
    Incardido

    Dói estomagos, dói fumando
    Nem sinto os teus porsuidos

    O velho não tem mais tesão
    Os troços é tudo caído

    Ai, ai, ai, ai, ai, ai
    Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai

    Houve um tempo o velho gostava
    De ruiva de loira e morena

    Todas elas eu futricava, eu botava
    Era sem pena

    Chega a pimba desbotava, nos
    Meus tempos de rapaz

    Já fiz muita estripolia, mas foi
    Muito tempo atrás

    Eu pimbava todo dia, eu tô
    Velho não pimbo mais


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