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Letra

    São cinco e meia da manhã
    Eu penso num valium
    E o meu sono vale um comprimido
    São cinco e meia da manhã
    Eu tento dormir e não consigo
    Eu prefiro viver sempre dormindo
    Sempre dormindo
    Pelos becos do meu labirinto
    Eu vou me seguindo, eu vou me seguindo
    Eu me via acordar de veneta
    Que nem espoleta explodindo
    Eu me via virar borboleta
    E zureta pousar no infinito
    Eu vivia com Einstein sorrindo
    Einstein dizendo
    Eu vivia com Einstein sorrindo
    Einstein dizendo
    Cientificamente eu queria provar
    Que o teu beijo de língua
    Continha na tua saliva a química certa
    Pra reagir com a minha
    Eu me olhava de frente
    Eu vivia de tudo
    Que a nuvem no céu desenhava
    Mesmo com a gravidade existente
    Eu nadava no ar, eu nadava
    Eu vi o teu rosto tão lindo
    Passando esculpido em segundos
    Eu vi um pedido atendido
    Saído do fundo do poço do fundo
    Não me acorda
    Afrouxa essa corda
    Não me acorda me deixa viver
    Que eu descubro
    Qual o segredo do mundo
    Eu descubro
    Depois eu conto pra você
    Eu vi...


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