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Um Gaúcho Pega a Estrada

Marco Aurélio Vasconcellos

Letra

    O patrão, ontem, vendeu a velha estância
    E os sonhos que eram meus, foram também
    Léguas e léguas de silêncios e de campo
    Que eu, há tempos, conhecia muito bem

    Cavalos mansos, gado bueno e as ovelhas
    Campo e mio-mio, várzea e açude, tudo enfim
    E tudo aquilo que era a vida que eu não tive
    Mas era parte essencial por ser de mim!

    Um arreio já surrado, a velha gaita
    Poncho nos ombros e um chapéu
    Um jeito de quem tá indo, sem ter data pra voltar
    Sem saber que pra sonhar não adianta olhar pro céu!

    Vai uma saudade e mais nada
    Uma esperança emalada
    Quando um gaúcho pega a estrada!

    Os apartes de mangueira e minhas tropeadas
    E os setembros que floriram as maçanilhas
    O galpão das desencilhas e dos meus mates
    E a tapera que era parte da coxilha

    O patrão vendeu a estância como era
    Com um cadeado na porteira da entrada
    E os meus sonhos pelo meio e dor pra sempre
    Que largou, junto, de tiro pela estrada!

    Uma mala de garupa, 'uns pila' curto
    Uma baia e um gateado no buçal
    Um jeito de quem tá indo sem saber pra onde ir
    Sem entender que partir também faz parte da vida

    Composição: Gujo Teixeira / MAURO MORAES. Essa informação está errada? Nos avise.

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