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Ode Ao Poeta

Marco Reis

Letra

    Gilberto Gil em 82 decreta
    Não se meta a exigir de um poeta
    Tomo pra mim este seu tratado
    Pra te contar o quanto fico irado
    Incorporo o ser poeta

    Não sou roqueiro nem sambista
    Nem bluseiro ou tanguista

    Não tenho nada
    Só ponto de vista
    E ponto de vista
    Já dizia Boff
    É a vista a partir de um ponto
    Ponto não se fixa, saiba
    O ponto é meu, o ponto é meu, é meu

    Me deixe expressar
    Cuspir meu som sem explicar
    Quero que me ouça
    Não que me classifique
    Não é disso que se trata
    Quando escolho a palavra a dizer, escrever ou a cantar
    É um grito, um gemido, um lamento
    Que dá a alma alento
    Que a livra de um tormento, de um tormento

    Quantas estradas e passagens
    Quantas ruelas e vielas
    Quantos infovias, metrovias
    Quantas e quantas sequelas

    Cinquenta anos gestando
    Imagine a dor deste parto
    Imagine o quanto isto livra
    O livramento de quem precisa
    O expiar da vida inquieta
    Como exigir então
    Seja herói ou vilão
    Algo mais deste poeta


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