El Militar y El Ranchero (part. Fernando León)
Allá en un rancho de la sierra se miran dos hombres
Uno de sombrero, otro militar
Los dos conversando se están apuntando
Al parecer una tragedia se va a aproximar
Uno traficante y el otro soldado
Pero hay un problema, los dos son hermanos
Y los dos gallos muy bragados
¿Cómo estás, Armando? Te andaba buscando
Que bueno te encuentro, contigo quería charlar
¿Qué tal, Abelardo? Ya lo estoy notando
Y por lo que veo no solo querías platicar
¿Vienes a arrestarme?
Lo siento mi hermano
Ya no soy tu hermano
No quiero armar teatro
Prefieres subirte de rango
Por favor mi hermano, no te me resistas
Sabes que cumplo con la ley y no puedo fallar
No voy a entregarme, aunque seas mi hermano
Y si a fuerzas quieres llevarme, pues te va a sudar
Traigo muchos hombres
Yo tengo a los míos
Correrá la sangre
Tú lo has decidido
No quiero matarte, hermanito
Por Dios, soy tu hermano
No tengo salida
Maldito cain
Pon tus manos arriba
La captura está definida
Mis hombres tienen tiro arriba, son puros suicidas
Ahí tú sabes si lo quieres intentar
Por favor, hermano. Tengo que llevarte
Te prometo un juicio decente, por ti he de abogar
A prisión no vuelvo
No seas aferrado
Mejor vete yendo
Sin ti a ningún lado
Entonces vamos a matarnos
No pensaron nada, solo se apuntaron
Jalaron gatillos, y se dispararon
Y así los dos gallos cantaron
Se escuchan disparos de súper que se intercambiaron
Ninguno de los dos lo pudo evitar
Los sicarios y los soldados también por su parte con cuernos empezaron a disparar
Caían soldados, y algunos sicarios
Y los dos hermanos, quedaron tirados
Y sus brazos entre cruzados
Uno por deber, otro por no caer
Su padre les llora, su madre también
Muy tristes los viejos se ven
Allá en un rancho de la sierra, quedaron dos cruces
Con nombres grabados muy juntas están
De dos hombres que se mataron
Por no comprenderse o tal vez no se supieron respetar
El nombre de Armando, también de Abelardo
El mismo apellido, en las cruces marcado
Y el ranchito está abandonado
O Militar e o Ranchero (part. Fernando León)
Lá em um rancho da serra, se veem dois homens
Um de chapéu, o outro militar
Os dois conversando, se estão apontando
Parece que uma tragédia vai se aproximar
Um é traficante e o outro soldado
Mas tem um problema, os dois são irmãos
E os dois galos são bem bravados
"E aí, Armando? Tava te procurando
Que bom te encontrar, contigo queria trocar uma ideia
"E aí, Abelardo? Já tô percebendo
E pelo que vejo, não era só pra bater um papo
"Vem me prender?"
"Desculpa, meu irmão
Já não sou seu irmão
Não quero fazer cena
Você prefere subir de cargo
"Por favor, meu irmão, não se resista
Sabe que sigo a lei e não posso falhar
Não vou me entregar, mesmo sendo seu irmão
E se você quiser me levar à força, vai ter que suar
"Tô com muitos homens
Eu tenho os meus
Vai correr sangue
Você decidiu
Não quero te matar, irmãozinho
Pelo amor de Deus, sou seu irmão
Não tenho saída
Maldito Caim
"Levanta as mãos
A captura tá definida
"Meus homens têm tiro certo, são todos suicidas
Aí você sabe se quer tentar
"Por favor, irmão. Tenho que te levar
Te prometo um julgamento decente, por você vou lutar
"Não volto pra prisão
Não seja teimoso
Melhor vai indo
Sem você não vou a lugar nenhum
"Então vamos nos matar
Não pensaram em nada, só se apontaram
Puxaram o gatilho e se dispararam
E assim os dois galos cantaram
Se ouvem disparos de super que se trocaram
Nenhum dos dois conseguiu evitar
Os sicários e os soldados também, por sua parte, começaram a disparar
Caíam soldados e alguns sicários
E os dois irmãos ficaram caídos
E seus braços entrelaçados
Um por dever, o outro por não cair
Seu pai chora por eles, sua mãe também
Os velhos estão muito tristes
Lá em um rancho da serra, ficaram duas cruzes
Com nomes gravados, muito juntas estão
De dois homens que se mataram
Por não se entenderem ou talvez por não se respeitarem
O nome de Armando, também de Abelardo
O mesmo sobrenome, nas cruzes marcado
E o ranchinho está abandonado