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Dois Estranhos

Marina Reche

Dos Extraños

Ya no sé ni cómo te va
Si te atreves con alguien más
Si ya te ves sin mí en el sofá
Qué miedo me da

Pero menos mal que de amor nadie muere
Menos mal que ninguno se quiere
Qué más da si llueven alfileres
Solo tú ya me das donde más me duele

Y ya, ya

No hay culpa tuya o culpa mía
No hay soledad ni compañía
No hay la energía que querías
Ya no sé ni cómo estás

No hay culpa tuya o culpa mía
No hay soledad ni compañía
No hay ni café ni buenos días
Buenos días

Para qué voy a arreglarlo
Sí, nos hemos roto tanto
Que aprendimos a ignorarnos
Como dos extraños

Nos dormimos sin hablarlo
Lo dejamos sin llorarnos
Nos cruzamos sin mirarnos
Como dos extraños

Y tú, que ya tienes planes
No sé, si en los míos cabes
Porque no somos iguales
A mí que vaya igual ya no me da igual

Dejarás el café a la mitad
Quién vendrá a ocupar mi lugar
Siempre estás como que no estás
No lo quieres hablar

Y ya, ya

No hay culpa tuya o culpa mía
No hay soledad ni compañía
No hay la energía que querías
Ya no sé ni cómo estás

No hay culpa tuya o culpa mía
No hay soledad ni compañía
No hay ni café ni buenos días
Buenos días

Para qué voy a arreglarlo
Sí, nos hemos roto tanto
Que aprendimos a ignorarnos
Como dos extraños

Nos dormimos sin hablarlo
Lo dejamos sin llorarnos
Nos cruzamos sin mirarnos
Como dos extraños

No hay más, se quedó a la mitad
No hay más, se quedó a la mitad
No hay más, se quedó a la mitad
No hay más
No hay más
No hay más

Para qué voy a arreglarlo
Sí, nos hemos roto tanto
Que aprendimos a ignorarnos
Como dos extraños

Nos dormimos sin hablarlo
Lo dejamos sin llorarnos
Nos cruzamos sin mirarnos
Como dos extraños

Dois Estranhos

Já não sei como você está
Se se arrisca com alguém mais
Se já se vê sem mim no sofá
Que medo me dá

Mas ainda bem que ninguém morre de amor
Ainda bem que nenhum de nós se quer
Que importa se chovem alfinetes
Só você me atinge onde mais dói

E já, já

Não há culpa sua ou minha
Não há solidão nem companhia
Não há a energia que você queria
Já não sei nem como você está

Não há culpa sua ou minha
Não há solidão nem companhia
Não há nem café nem bons dias
Bons dias

Para que vou consertar isso
Sim, nos quebramos tanto
Que aprendemos a nos ignorar
Como dois estranhos

Dormimos sem falar
Deixamos sem chorar
Cruzamos sem nos olhar
Como dois estranhos

E você, que já tem planos
Não sei se nos meus você cabe
Porque não somos iguais
A mim, que vá igual, já não me importa

Você deixará o café pela metade
Quem virá ocupar meu lugar
Você sempre está como se não estivesse
Não quer falar sobre isso

E já, já

Não há culpa sua ou minha
Não há solidão nem companhia
Não há a energia que você queria
Já não sei nem como você está

Não há culpa sua ou minha
Não há solidão nem companhia
Não há nem café nem bons dias
Bons dias

Para que vou consertar isso
Sim, nos quebramos tanto
Que aprendemos a nos ignorar
Como dois estranhos

Dormimos sem falar
Deixamos sem chorar
Cruzamos sem nos olhar
Como dois estranhos

Não há mais, ficou pela metade
Não há mais, ficou pela metade
Não há mais, ficou pela metade
Não há mais
Não há mais
Não há mais

Para que vou consertar isso
Sim, nos quebramos tanto
Que aprendemos a nos ignorar
Como dois estranhos

Dormimos sem falar
Deixamos sem chorar
Cruzamos sem nos olhar
Como dois estranhos

Composição: Marina Reche / Pau Mateu / Xavibo