Cimarrón de ausencia

Cimarrón da Ausência

Cimarrón de ausencia

Cimarrón, você é mais amargoCimarrón sos más amargo
que o amor que veste a ausência (bis)que el amor que viste ausencia (bis)
e você é pó de saudade,y sos polvo de querencia,
que levou o caminho longoque llevó el camino largo
no pesado letargoen el pesado letargo
das minhas solidões mortas,de mis soledades muertas,
sua seiva é aroma incertotu savia es aroma incierta
de tristes recordações,de tristes evocaciones,
e é sangue que em jorrosy es sangre que a borbotones
perco de uma ferida aberta.pierdo de una herida abierta.

Você é travado, por momentos,Sos atrancao, por momentos,
como lágrima enredada (bis)como lágrima enredada (bis)
flor silvestre, terra arada,flor agreste, tierra arada,
sua sabor é pampa e vento.tu sabor es pampa y viento.
Mas você é também lamentoPero sos también lamento
no gole da agoniaen el sorbo de la agonía
e nesta tristeza minhay en esta tristeza mía
que você derrama na brasaque derramas en la tea
quando meu pulso fraquejacuando a mi pulso flaquea
um tremor de distância.un temblor de lejanía.

Você é fonte de água mansaSos vertiente de agua mansa
que vai regando o pasto, (bis)que va regando el potrero, (bis)
seu calor é sol de janeirotu calor es sol de enero
e seu verde é esperança.y tu verde es esperanza.
Você é punhal, chicote e lança,Sos puñal, rebenque y lanza,
braçando em punhos de glória.blandiendo en puños de gloria.
Gota amarga da memóriaGota amarga 'e la memoria
do que perdeu sua saudade.del que perdió su querencia.
E você está selado de ausênciaY estás ensillado de ausencia
como o fardo da minha história.como el flete de mi historia.