LLAMALO
El día se apareció desde la ventana de un cafesucho
Nuestros pulmones repetían los puchos de ayer
Los negocios levantaban sus persianas
Pero bancame que te cuento, che
La noche de anoche se puso alucinógena
El sótano titilaba con su luz estroboscópica
El Pepe acariciaba las calvas de los pelados buena onda
Todo iba bien, hasta que apareció ese que pregunta siempre
¿Lo llamo?
¡Llamalo, llamalo!
¡Llamalo, llamalo!
Bueno, ya sé, entonces lo llamo, ¿ok?
Y nos dijo: Lo tengo todo controlado, eh
Telefonito, numerito y lo llamamos
El tipo no contestó por un rato
Pero le reventamo el fono y arrancamos todos para allá
Con un pibe random
Había que cruzar el puente y el flaco se asustó y dijo
No, no, nos encontramos después, vayan ustedes
Quedamos re tirados en la puerta de un taller mecánico
Nos hicimos los pavos, pero disimular se volvió complicado
Después de haber esperado tanto
La señora nos miraba sin cachar nuestro mambo
Hasta que, por fin, el tipo cayó
No puedo decir si se llamaba Fabio o Mario
Pero el Renault 12 blanco estaba estacionado
Tuki, piki y fue
Cruzamo el puente y bue
Ya lo habíamos llamado y esto sonaba así
¡Llamalo, llamalo!
¡Llamalo, llamalo!
Necesito más, más, más estímulo
Necesito más, más, más estímulo
Necesito más, más, más estímulo
Necesito más, más, más, más, más, más
Necesito más, más, más estímulo
Necesito más, más, más estímulo
Necesito más, más, más estímulo
Necesito más, más, más, más, más, más
Vengo directo desde el norte, uh
Para buscarme hay que tener pasaporte
No, no se hagan los boludos, si ya me conocen
Aunque no sepan ni de cuándo ni dónde
No, no tengo mamá, tampoco papá
No me hace falta que me vengan a buscar, no
No quiero plata, tampoco trabajar, no
No quiero nada, ya no me llamen más, ah
¡Llamalo, llamalo!
¡Llamalo, llamalo!
¡Llamalo, llamalo!
¡Llamalo, llamalo!
CHAMA ELE
O dia apareceu pela janela de um café simples
Nossos pulmões repetiam os cigarros de ontem
Os negócios levantavam suas persianas
Mas me aguarda que eu te conto, cara
A noite passada ficou alucinante
O porão piscava com sua luz estroboscópica
O Pepe acariciava as carecas dos caras de boa
Tudo ia bem, até que apareceu aquele que sempre pergunta
¿Chamo?
Chama ele, chama ele!
Chama ele, chama ele!
Bom, já sei, então eu chamo, beleza?
E ele disse: Tô com tudo sob controle, viu?
Telefonezinho, númerozinho e a gente chama
O cara não atendeu por um tempo
Mas a gente estourou o telefone e partimos todos pra lá
Com um cara aleatório
Tinha que cruzar a ponte e o cara ficou assustado e disse
Não, não, a gente se encontra depois, vão vocês
Ficamos jogados na porta de uma oficina mecânica
Fizemos de conta que não era nada, mas disfarçar ficou complicado
Depois de ter esperado tanto
A mulher nos olhava sem entender nosso rolê
Até que, finalmente, o cara chegou
Não posso dizer se o nome dele era Fabio ou Mario
Mas o Renault 12 branco estava estacionado
Tuki, piki e foi
Cruzamos a ponte e beleza
Já tínhamos chamado e isso soava assim
Chama ele, chama ele!
Chama ele, chama ele!
Preciso de mais, mais, mais estímulo
Preciso de mais, mais, mais estímulo
Preciso de mais, mais, mais estímulo
Preciso de mais, mais, mais, mais, mais, mais
Preciso de mais, mais, mais estímulo
Preciso de mais, mais, mais estímulo
Preciso de mais, mais, mais estímulo
Preciso de mais, mais, mais, mais, mais, mais
Vim direto do norte, uh
Pra me buscar tem que ter passaporte
Não, não se façam de bobos, se já me conhecem
Mesmo que não saibam nem de quando nem de onde
Não, não tenho mãe, também não tenho pai
Não preciso que venham me buscar, não
Não quero grana, também não quero trabalhar, não
Não quero nada, já não me chamem mais, ah
Chama ele, chama ele!
Chama ele, chama ele!
Chama ele, chama ele!
Chama ele, chama ele!