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Letra

    O tempo que passa não é o meu tempo
    O mundo me espera em compassos lentos
    Nasci com pressa de ser eu mesma
    E não fingir que sou o que os outros desejam

    Em tarefas e tédio me vejo presa
    Mas meu coração reza por surpresa
    Minha mente tão ágil exala ideias
    E viro refém de uma tal hora certa

    Mil planetas me levam às artes
    Mil certezas mortas na contramão
    Ah, será que deixarei de ser covarde
    Pra colher os frutos de minha determinação?

    A espera me maltrata
    Mas só nela posso aprender
    E assim perder
    O medo, o medo, o medo de viver
    Medo, medo, medo de viver

    Quer me dominar uma fria inércia
    Olho pro divino e peço sua bênção
    Como construir o sonhado destino
    Se minhas vontades se encontram em queda?

    A sabedoria me pede paciência
    Flores gigantes tem raízes extensas
    E no fundo eu sei disso tudo
    Nunca te ignorei, ó Saturno

    Mil planetas me levam às artes
    Mil certezas mortas na contramão
    Ah, será que deixarei de ser covarde
    Pra colher os frutos de minha determinação?

    A espera me maltrata
    Mas só nela posso aprender
    E assim perder
    O medo, o medo, o medo de viver
    Medo, medo, medo de viver


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