Alma de Juá Florido (part. Marcelo Oliveira)
Mateus Leal
Florzita branca do campo
Que peleou na madrugada
Pra enfeitar a manhezita
Ao clarear desabrochar
Qual a saudade de alguém
Que volta por quase nada
Cuido, de cima do zanho,
E vejo teu jeito pleno,
Parece que abre os braços,
Põe um pala de sereno,
Soma a essência do pasto,
Pra arreglar um cheiro bueno
Traz o aroma veraneio
Sempre que o vento te atiras
És pequena e traiçoeira
Encantas a quem te mira
Tipo do encanto bandido
Que dá algo e depois tira!
Me judiaste ao tentar
Te colher, simples florzita
Como pode a flor mais linda
Ter silhueta tão maldita?
Mas o espinho te condena
A viver sempre solita!
Parece aquela que um dia
Achou meu olhar perdido
Floreou e assim, sem pena
Na investida, “nego” estribo
Talvez tenha esta guaina
Alma de juá florido!
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