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A Cruz e a Tapera

Matheus Leal

Letra

    A cruz faz vigília na boca do passo
    Ao andante que cruza de marcha batida
    Tapera de campo de sombra estendida
    Guardando segredos nas ruínas e traços

    O rancho solito voltou-se pra terra
    Aos pés de outra cerca de mouras calçadas
    Porém a tapera parece habitada
    Em sua penúria de sobra de guerra

    Ficaram receios ao passo da cruz
    Envidando risadas do ermo da grota
    Se olvidou sete palmos de chão "yace" a morta
    E sua alma vagueia num vale sem luz

    Conhecida de todos, a velha das rezas
    Com mãos de bruxeira e crença divina
    Benzedeira de esporas dos índios das crinas
    Que arriscavam a vida nos baguais malevas

    Morreu quando a alma fugiu-lhe de casa
    No aceso da Lua assombrando as paragens
    Daquela que o medo enredou nas ramagens
    Quando um vento fantasma tem garras e asas

    Hay quem jure verdades com seus argumentos
    E ganhou o rincão a tapera assombrada
    Da invernada do passo da cruz encravada
    Os campeiros recorrem de olhos atentos
    A cruz faz vigília na boca do pasto

    Composição: Matheus Leal / Otávio Severo e Osmar Proença. Essa informação está errada? Nos avise.

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