Anarquia de Vênus
Matheus Xavier
Vencemos a guerra, recolhemos os despojos
E qual foi o ganho?
Demos nossa vida e guardamos nossas lágrimas
Em um lugar estranho
Peregrinos caminhando errantes
Sem um guia ou destino certo
Toda a razão anestesiada
Pelo pulso de um coração aberto
Como explicamos a entrega à torrente
Sem saber o preço?
Como recusamos o que os deuses oferecem
Por um novo recomeço?
Deixe-se levar por sua própria perdição
E você será achado
Deixe-se cair nos braços de quem você espera
Para ser recompensado
Sombras pulsam, e os lábios sentem
Atenção aos indicadores
Se há domínio ou dominadores
Quem pode prever?
A cura pra monotonia - a anarquia
O medo e a utopia - a anarquia
E todas as coisas que eu dizia são anarquia
E o que você largaria pra viver algum sonho vão?
Pare e olhe, ignore os avisos
Eles nunca apontam para a frente
Que os sinais do mundo antigo
Sejam corroídos pelo ascendente
Precisamos tanto um do outro
De uma forma que não compreendemos
Soltamos amarras, flutuamos no espaço
Sobre o colo de Vênus
Sombras pulsam, e os lábios sentem
Atenção aos indicadores
Se há domínio ou dominadores
Quem pode prever?
A cura pra monotonia - a anarquia
O medo e a utopia - a anarquia
E todas as coisas que eu dizia são anarquia
E o que você largaria pra viver algum sonho vão?
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