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Continência (part. Recôndito)

Maumbu

Letra

    Continência podre pátria, brasileira
    Continência nada muda, só brincadeira
    Continência chapa, seja sincero
    Continência é o caralho, lhe apresento o dedo médio

    Vejo trovões, e a cada dia escuto novas, opniões, corrupções
    Mentes, falsificadas destorcidas por emoções, quantos trovões
    Com um clima vazio, frio, tio, que arrepio
    Visto meu jaco amassado e taco fogo no pavil
    Sistema suspense, com seu foco embaçado
    Eu prefiro comer um pãozinho com Deus do que caviar com o diabo
    É feio, é chato, mas aqui ninguém julga ninguém, quem te julga são seus atos
    E é fazendo por onde vou continuar a trilhar o meu legado
    Nois tamo na ginga tamo no embalo, e não fica desacreditado
    Que os menino vieram compromissado, focado, surtado
    E de quebra com cinco baseado apertado no maço
    Tamo aí ligeiro com o flow presente, a banca linha de frente, com o raciocínio consciente
    A pátria escorrendo pelo lodo, gerando louco, agora aguenta que os bicho tão tudo solto

    Continência podre pátria, brasileira
    Continência nada muda, só brincadeira
    Continência chapa, seja sincero
    Continência é o caralho, lhe apresento o dedo médio

    Enchendo o que está vazio, esvaziando o que esta cheio
    Procurando perguntas para respostas a todo momento
    Escuto voz de multidõess, que me causam alucinações
    Perdido em um mundo de fantasias por um bando de opniões
    Então parceiro o que eu faço pra evitar?
    Com toda essa confusão já não da mais para aguentar
    Por mais que eu tente ou queira fazer a mudança
    Caos e confusão sempre fizeram aliança
    Desespero, fasanha, confuso, perdido a percurso que não tem rota
    O único meio de escape é criando uma vida nova
    Talvez a verdade fale alto e eu deva ficar mudo
    Mas enquanto eu não grito, paro, vejo, sinto e escuto
    Cabe a você acreditar em que tudo o que vê, tudo o que sabe
    Nem sabe tomar uma decisão tãoo cego de ansiedade
    Aplica o tratamento pra cabeca tranquilizar
    Seu aqui na terra, sua mente em outro lugar
    Outro lugar neguin outro lugar... outro lugar

    Continência podre pátria, brasileira
    Continência nada muda, só brincadeira
    Continência chapa, seja sincero
    Continência é o caralho, lhe apresento o dedo médio

    Respeito pelos nossos governantes eu não tenho
    Teria se algum deles tivessem algum empenho
    É foda, é só desdenho, e não, não tenho saco
    Eu vivo na clareza, não vivo sendo opaco
    Meu casaco cobra o peito e a gente cobra transparência
    Sistema manipula e minha banca pede advertência
    Mais providência, pois não me escondo e não me calo
    Minha voz não vai chegar de mansinho, já vai chegar no talo
    É só um estalo, que derruba e quebra os mais errados gestos
    Sempre a mesma peripécia com os mesmos desonestos
    Passando a trovoada, eu paro com os meus ultrajes
    Enquanto o céu for cinza, serei cinzento com os de trajes


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