Nevoeiro

Fama, fama e dinheiro
Mede a situação, deixa que eu cobro esse escanteio
Viva o Reggae n’ Roll, filho de padeiro
Velhinho tá na área, por isso do nevoeiro

Eita brisa boa, me deixa no desespero
Quiosque, posto 9, I love Rio de Janeiro
Eu e meu isqueiro, ele e seu cinzeiro
Coisas que minha mente cria se toca o pandeiro

Cidades perdidas no fundo do mar
Verdades perdidas no fundo de um lar
Bolado, boladão, tô de rolê com a solidão ou solitude
Quer que eu te ajude?
Ou quer que eu me mude desse mundão?

Não, prefiro você, mas vem tranquila
Lembro de você bebo essas doses de tequila
Lembrar de você são doses de adrenalina
Companhia, esquisita, mas no fundo, é o que me fascina

Eu vou ficar
Até amanhecer de novo
Eu vou ficar
Até amanhecer de novo
De novo, de novo

A música deu a cigarra paz e popularidade
O trabalho intenso deu a formiga umas crises de ansiedade
Mas não importa, porque sempre que eu passo por essa porta
Alguém vira e me diz: Deus escreve certo, Yuri, só que por linhas tortas

A gente tá bem, do nada o clima troca
Mas eu te avisei: São Paulo, as vezes, é foda
Foda é trabalhar sem ver o sol, mas não tem jeito
Acordei com um sonho encravado no meu peito

Desde ontem, desde a ponte, desde os tempos lá no monte
É que a gata mora longe, se eu não corro, perco o bonde
Ô 250, me espera, por favor
O trem descarrilhou e atrasou o trabalhador

Mas sou ainda jovem, sou ainda love
Sou milhões de coisas que… Não possuem nome
Eu parei o tempo, essa é a flor que deixa lento
O tempo voa e tá cinzento, eis aqui meu documento

Eis-me aqui, já é novembro
Biotônico é fermento, essa fase é crescimento
Preguiçoso é xingamento
Demais pra nós, demais
Demais pra nós, demais

Eu vou ficar
Até amanhecer de novo
Eu vou ficar
Até amanhecer de novo
De novo, de novo