Submissa

Se vou
Dizer-te coisas que podem
Machucá-lo, enfim
Eu as sepulto, as ignoro
Eu as guardo em mim
Faço de tudo pra te por num pedestal
Porque és o Tal

Se quer
Basta pedir, dou o que quiser
Entre essas tantas eu sou
A tal mulher
Que em toda vida pediste em oração
Não me negue não

Pois sou
Sou submissa a ponto de doer
Sou tua fêmea, sou tua mulher
Não sou apenas um caso
Uma paixão
Daquelas que tu brindas com teu não

Sou tua mulher

Sou
Sou tua fêmea ávida e voraz
Eu sou aquela que promete e faz
Não sou apenas o pobre coração
Que despedaças sempre com um vil não

Dado a outra qualquer

Se em vão
Dizes-me coisas que vão
Machucar-me em vão
Eu desconverso e indago
Como as coisas vão
Mostro-me sua, bem mais do que as demais
E calo os meus ais

E então
Enfim me tomas do jeito que tu quer
Sugas de mim meu caldo de mulher
E me transporta pro mundo do prazer
Lendo o meu querer

Se sou
Se sou tão dada como você quer
Por que me tratas como uma qualquer?
Meu coração só clama por amor
Então me diz aonde eu devo por

Meu lábio voraz

E não
Não me abandone pelo amor de Deus
Pois necessito dos carinhos teus
Sem tua mão no toque da manhã
A minha vida será
Pra sempre vã

És a minha paz

Sei que tu me quer
Sou tua mulher
Diz-me o que tu quer
Dou o que quiser