Exibida

EXIBIDA
(Claudia P. Pinna)

A amante tá no baile e vai dançando até o chão,
O lance dela é aparecer, só quer chamar a atenção.
Coloca roupa transparente e abusa no decote,
É fã de tomara-que-caia, de mini-saia e de short.
Ela adora ser vulgar, se veste toda cachorrona,
Tem mesmo estilo de quebrete, tá cada vez mais safadona.
Encheu a cara a noite inteira e já está perdendo a linha,
Olha pra tudo quanto é homem, se comportando igual galinha.
Não pode ver homem na pista que abre logo um sorrisinho,
Nem quer saber se ele é casado ou se o cara tá sozinho.
Abraça o homem de geral e dá beijinho em todo mundo,
É uma vaca oferecida, comportamento absurdo.
A fiel só observa, sempre está ligada em tudo,
Porque se a kenga abusar, arruma logo um tumulto.
Enquanto a amante está de longe se achando espertinha,
A fiel já está a postos pra arrebentar essa escrotinha.
Não é de hoje que essa mina fica cheinha de graça,
Deve achar que a fiel tem vocação pra ser palhaça.
Se tá de bonde com as amigas se acha forte pra caramba,
Você não é pário pra fiel, mete o pé, sua baranga!
Fica me olhando a noite toda e adora me encarar,
Eu já falei: "Se liga amante", ainda vou te machucar.