Foguetão

Ambição e identidade periférica em “Foguetão” de MC Jhojhow

“Foguetão”, de MC Jhojhow, retrata de forma direta a realidade dos jovens das periferias urbanas, usando gírias e referências do funk carioca para falar sobre ambição, ascensão social e identidade. O termo “foguetão”, que no funk representa uma motocicleta potente, simboliza status e conquista. Já “rabeta”, gíria para mulheres atraentes, aparece como parte dos prazeres e recompensas associadas ao sucesso. Quando MC Jhojhow canta “Eu só quero progresso e rabeta / E que esse mau olhado me esqueça”, ele expressa o desejo de prosperar e se divertir, mas também revela preocupação com a inveja e os desafios do ambiente em que vive.

A letra destaca ainda a importância da lealdade e da postura diante das dificuldades. No trecho “Se pagar de aliado, da banca é escalado / Falsão, corrompe pra lá”, o artista valoriza a confiança dentro do grupo e rejeita pessoas falsas, mostrando que o progresso exige atenção a quem está por perto. Expressões como “fluxo lotado” (referência a bailes e festas populares) e “a pé sou tirado, firmão, mas não vou sacar” (afirmando que, mesmo sem ostentar, mantém respeito) reforçam o orgulho das origens e a autenticidade. Assim, “Foguetão” celebra a superação, a busca por uma vida melhor e a valorização das conquistas, sem perder a conexão com a realidade e os códigos da comunidade.