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LetraSignificado

    Toma

    Hey, ho
    Coligações volume quatro
    DJ Caique
    Rapadura, Ceará
    Quimera, Quimera, Quimera
    Quimera, Quimera, Quimera
    Quimera, Quimera, Quimera

    Quimera na era do gelo
    Na esfera, fera, modelo
    Fogo a vera na matéria
    Incinera o selo ao contê-lo
    Biosfera espera rompê-lo

    A miséria altera o degelo
    Monstro opera na cratera
    E não podem vê-lo detê-lo
    Sou assassino em série
    E se vierem, dou o que eles querem
    Morrem, sim, pois no fim nem se diferem
    Que à sombra se interem
    Egos se ferem, se me interferem
    Morrem, sim, pra que assim nunca imperem
    Anjos não me esperem, com luzes ou máculas
    Impuro no escuro
    Não durmo e luto com gárgulas
    Berro com suas máquinas
    Corto tubos e válvulas
    Assumo submundo escuro
    Cruzes em Dráculas
    Demônios me rondam em templos mundanos
    Não me escondo em sonhos medonhos em tempos profanos
    Levanto, pois com escombros nos ombros
    Com templos humanos
    Com danos e donos
    Em sonos insanos
    Em centros urbanos, enganos
    Meu plano sobre o plano
    Sobre o livro, sobre a lenda
    Sobre tantos entretantos
    Sobrevivo sobre a venda
    Sobre encantos, soberanos
    Subo rindo, sobre a renda

    Sobre cantos, suburbanos
    Subo e findo sobre a fenda
    Cuspo chamas em folhas brancas
    Deixando as escuras
    Mistas essas fulguras
    Que apura estampas impuras
    Quem trampa estanca a rasura
    Arquitetura perdura
    Se arranca a dura moldura
    Futura literatura

    Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
    Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
    O concreto que sufoca minha voz
    A abstrato como a voz
    Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
    Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
    Se meu pés não tem chão, aos fiéis, deixam insurreição
    Ninguém chorou minha última ferida formidável
    Dessa última Quimera
    A solidão sua companheira inseparável
    O único amor que tivera
    Sempre foi assim, um fósforo, um cigarro
    Começo, meio ao fim
    Nada próspero, pigarro
    Dê-me sua boca pro meu próximo escarro
    Embriagado no carro, atropelando a primavera

    Quimera não é mera mística
    Besta fera biblística
    Numa era eurística
    Lidera, impera, erística
    Reverbera linguística
    Acelera a balística artística
    Gera estatística característica
    Suas megalópoles movem corpos em necrópoles
    Seus hóspedes sofrem hipnose
    Dormem em tecnópoles
    Cosmópoles, absorvem vozes sonópoles
    Metrópoles aos pobres devolvem morte necrópoles
    O que o povo diz é que tá feliz
    Com esse chão de giz
    [?] Em matriz, fé sem diretriz
    Querer quem não me quis
    Pra dizer que fiz
    Feri as [?] e ser infeliz não condiz
    Ei, meretriz, nega fim e remédios
    Nego a química prática
    Crítica, fins, intermédios
    Sua política sádica, síndica, sim aos meus tédios
    Minha crítica é ácida, cítrica, ao fim de seus prédios
    Quisera, mas não tivera
    Quimera sob seus domínios
    Pois ela em condomínios
    Trouxera seus declínios
    Bactérias se mantivera
    Em suas esferas, fascínios
    Dilacera artes e artérias
    Matérias, exílios
    Típicos mímicos, cívicos, cínicos
    Símbolos bíblicos, ídolos
    Frígidos, círculos rígidos
    Espírito, físico, místico, lírico, empírico
    Onírico, híbrido, ríspido, em ritmos vívidos

    Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
    Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
    O concreto que sufoca minha voz
    A abstrato como a voz
    Não sei de onde eu vim, p'ronde eu vou
    Não importa o que eu fui, o que eu sou, ô-ô
    Se meu pés não tem chão, aos fiéis, deixam insurreição
    Ninguém chorou minha última ferida formidável
    Dessa última Quimera
    A solidão sua companheira inseparável
    O único amor que tivera
    Sempre foi assim, um fósforo, um cigarro
    Começo, meio ao fim
    Nada próspero, pigarro
    Dê-me sua boca pro meu próximo escarro
    Embriagado no carro, atropelando a primavera


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