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Letra

    Vou
    Arrastando o vento, devastando o tempo
    Pelo trampo que emprenho, pelo campo que venho
    O que estampo é talento, o meu canto é cinzento
    Sentimento que tenho pelo engenho

    Vou
    Pelo som, pelo bem, pelo dom, que mantem
    Pelo chão na razão que contem
    Oxigênio pra ir mais além
    Invado o terreno o boicote de alguém

    Pota a baixo, cabra macho, arretado em cada traço
    Galopando no compasso, viajando sem cansaço
    Me dedico no que faço, toda porta boto abaixo
    Furacão estardalhaço, no caminho onde passo

    Insurreição? Praga sertão! O Norte Nordeste no mesmo pulmão
    Contestação? Sem dicção!
    Então volta para casa e decora o sermão

    No coco improvisado o chiado trago sem dó
    Cabocó Invoca o passado um punhado do meu forró
    Um soco no abestado e o legado já virar pó
    Reboco em Gringo importado no carimbó dei um nó

    Só curte o que é de fora né? O que é da terra ignora né?
    Não conhece o repente, a embolada, a toada
    Só nada com nada então chora zé
    Um pouco de história pra quem não quer
    Trago a memória, a raiz, a fé
    Meu oxente, o sotaque regente
    Bota toda sua gente pra fora a ponta pé

    Ohh, rasga chão!
    Lírico, árido, rústico, rápido. (Ooh, ninguém pode parar)
    O meu espírito, pássaro, músico, clássico (Ooh, MC do Ceará)
    Cântico lírico árido, rústico, rápido
    (Ooh, muito mais que razão e paixão)
    Ohh

    Pega a flauta, a flecha, a adaga, a palavra, da mata inala a poeira
    Da alma a fauna, que exala a alvorada
    A enxada desbrava a estrada primeira
    Diva derradeira, rima cantigueira
    Rima a cantoria poesia derradeira
    Minha companheira, pela vida inteira
    A matéria prima não imita a cegueira

    Que te impede de olhar ao redor
    Que se despede de um espaço maior
    Quero o que me pede para dar o melhor
    E o que me concede derramar suor
    Pelo amor, pela dor, escritor, cantador
    Que buscou mais labor trabalhado em prol
    No valor, o esplendor, avoou
    E chegou ao calor do compor mergulhando ao Sol

    Desfazem o que fazem só trazem falsas mensagens
    Com novas roupagens, frágeis mensagens, capas colagens
    Etapas e margens, tapas, folhagens, caem embalagens
    Só plágios imagens, batem nas frases
    Caem maquiagens, desabem!

    Sem identidade, continuidade
    Pouca habilidade que te cabe na miragem do neon
    Sem intensidade, não tem novidade
    Estabilidade, essa base não te faz tão bom
    Se entregue de corpo, alma, coração
    Derrame seu sangue pra ressurreição
    Incorporo o saber, o escrever, a emoção da canção
    Minha respiração nunca será em vão
    Oh, rasga chão!

    Ohh, rasga chão!
    Lírico, árido, rústico, rápido. (Ooh, ninguém pode parar)
    O meu espírito, pássaro, músico, clássico (Ooh, MC do Ceará)
    Cântico lírico árido, rústico, rápido
    (Ooh, muito mais que razão e paixão)
    Ohh


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