Tempo

O tempo me atrasa a rima arrasta
Das entranhas da minha mente minhas crises viram alvos
E eu caço a solução mesmo fora de temporada
E no verão já era tempo e eu entrei em colapso

É foda é foda
E eu só penso merda
Onde me coloco
Sempre que eu erro
Se a vida é um erro
Eu não sei mentir

Minto pra mim mesma sempre buscando fugir
É madrugada e eu vomito
A insegurança que me habita
Reforço o compromisso

Amor acima de tudo
Nos ciclos sempre finitos
Em relações abusivas
E essas crises desafogam as linhas em poesias

E eu repito
Amor próprio não tem cobrança
Sempre falo sobre isso, nem sempre eu concretizo
Tem dias que é difícil, mas não perco a esperança
Eu tropeço mas sigo focando no objetivo

E o tempo parece parar eu sigo presa no mesmo lugar
Olha em volta a procura de alguém não tem ninguém
Tô do lado de la, olho por mar não te vejo lá
A sensação é familiar, tô ofegante, me falta o ar
Só dependo de mim pra me salvar

Sentido louco nesse mundo pouco a pouco
Me encontro e me perco em cada canto que eu frequento
Não entendo, e nem compreendo
Nenhum sentido na vida além de estar vivendo

E é buscando que eu acho não o sentido exato
Mas a jornada que me fortifica a cada passo
Sigo de canto firmando o chão onde piso
Marcando meu nome nas paredes no caminho

Construindo linhas como construo
Minhas noia na cabeça tentando não pensar no que faz
Com que eu enlouqueça tá firmeza minha vida tá firmeza
Tô focada nos versos se quiser cê vem, se não quiser beleza
Nessas linhas me enxergo
Mesmo que às vezes cega pelo ego
Esqueço o peso do lugar que eu tô onde eu vou
Não me apego nem nego tento correr pelo certo
Sem esquecer o porquê tudo isso começou

E eu vou me cuidar
E eu vou me amar
E eu vou me atentar
Por onde caminhar
E eu vou me perdoar
Não vou me assustar
Eu vou me observar
Pra saber onde chegar

E eu vou me cuidar
E eu vou me amar
E eu vou me atentar
Por onde caminhar
E eu vou me perdoar
Não vou me assustar

Por onde caminhar, eu sei onde pisar
E o tempo parece parar eu sigo presa no mesmo lugar
Olha em volta a procura de alguém não tem ninguém
Tô do lado de la, olho por mar não te vejo lá
A sensação é familiar, tô ofegante, me falta o ar
Só dependo de mim pra me salvar