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Quando Nossos Cavanhaques Eram Negros

Melody Monster

Letra

    Figurante de um retrato amarelado
    De vida cinza como os fios do seu cabelo
    A passos lerdos, hesitantes, sufocados,
    Tenta em vão se convencer de frente ao espelho

    Que cada ruga e cada dente cariado
    Seriam nada mais que experiência em pêlo
    Mas denuncia um olhar frouxo e cansado
    Que a morte à espreita já não é o pior dos medos

    De que valeram tantos livros consumidos?
    E as canções de militância libertária?
    Se me esguio ébrio à beira do abismo
    Procuro afagos da doce mãe eutanásia

    Aos agnósticos e crentes dou meu riso
    Valores tolos que não levo mais a sério
    Hoje comungo os sentimentos do patíbulo
    E conto os dias pra deixar de ser um velho

    Repousa mórbida e angustiosa
    Como a carregar o próprio esquife
    A sombra estóica e impiedosa
    Silenciosa da velhice


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