Vapor
Merícia Cassiano
Revolucionamos aos 60 pra transicionar aos 2000
E em seus quebrados questionar
O jovem punho fechado ao alto
Uma história que se repete
O que foi feito antes será feito outra vez
Porque nada debaixo do Sol é realmente novo
Não nos lembramos do que aconteceu no passado
E as gerações futuras tampouco se lembrarão
No meio da incapacidade de entender toda obra
Durante meu princípio e fim
Com tempo aprendo a entender
Os tempos debaixo do céu
Nascer morrer
Plantar colher
Matar curar
Derrubar e construir
Chorar rir
Calar falar
Tempo de fazer guerra tempo de estar em paz
Quero te encontrar nas entrelinhas desses tantos versos
Fico a Djavanear sobre noite e dia que se igualam
Pra quem não tem pra quem se dar
Assim trago a memória
O que me dá esperança de não regressar
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