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Tati (parte 3)

Miguel Angel Oroyo Perez

Tati (part. 3)

Un tiempo perdido, casi olvidado
Tu imagen se aferra todavía en mi mente
Como un eco que no se apaga
Como una sombra que sigue mis pasos cada día

No sabía nada de ti, y tú tampoco de mí
Cada quien encerrado en su propio mundo
Laberinto de tareas y libros, exámenes sin fin
Donde la mente navega en mareas profundas

A veces las exposiciones nos desnudan
Os ahogan las pruebas y el cansancio calla
Pero la vida sigue con su tensión silenciosa
Y nosotros, arrastrados en la corriente

Me pasé pensando en ti sin escuchar tu voz
Me fui hasta tus viejos audios
Como quien busca entre el viento un suspiro perdido
Y solo encuentra el eco suave del pasado

Amo esa locura tuya, la chispa que no se apaga
La que arde en tu ser y me deja encendido
Admiro tu mirada, tu inteligencia distraída
Tu paciencia pequeña aunque parezca que todo va a caer

Esa esencia, la tuya, que corre como agua entre los dedos
No se agota ni se apaga, solo brilla, como nadie más sabe hacerlo
Quisiera volver el tiempo, mirarte una vez más, hablarte otra vez
Pero temo que las palabras se ahoguen en la garganta
Y solo queden susurros rotos en el aire

No pensé llegar aquí, perdido en tu sombra
Con tantas palabras que no se dijeron
Y momentos que nadie vivió
Pero aquí estoy, aún pensándote, sin remedio

Tati (parte 3)

Um tempo perdido, quase esquecido
Sua imagem ainda se agarra na minha mente
Como um eco que não se apaga
Como uma sombra que segue meus passos todo dia

Não sabia nada de você, e você também não de mim
Cada um preso no seu próprio mundo
Labirinto de tarefas e livros, provas sem fim
Onde a mente navega em mares profundos

Às vezes as apresentações nos expõem
As provas te afogam e o cansaço cala
Mas a vida continua com sua tensão silenciosa
E nós, arrastados na correnteza

Passei pensando em você sem ouvir sua voz
Fui até seus velhos áudios
Como quem busca entre o vento um suspiro perdido
E só encontra o eco suave do passado

Amo essa sua loucura, a faísca que não se apaga
A que arde em você e me deixa aceso
Admiro seu olhar, sua inteligência distraída
Sua paciência pequena, mesmo parecendo que tudo vai desabar

Essa essência, a sua, que corre como água entre os dedos
Não se esgota nem se apaga, só brilha, como ninguém mais sabe fazer
Queria voltar no tempo, te olhar mais uma vez, te falar de novo
Mas temo que as palavras se afoguem na garganta
E só fiquem sussurros quebrados no ar

Não pensei chegar aqui, perdido na sua sombra
Com tantas palavras que não foram ditas
E momentos que ninguém viveu
Mas aqui estou, ainda pensando em você, sem jeito

Composição: Miguel Angel Oroyo Perez