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Fim do Outono

Miguel Ramos

Letra

    Corria o fim do outono e a amargura
    Parecia não ser dia ou quase não
    Também não era noite, nem negrura
    Era o tempo vazio da solidão

    Relógio ainda parado que me assiste
    Por cada vez eu dizes não me ver
    Se tento ir sozinho, a alma desiste
    E para a cada vez para morrer

    Assim, longe de mim, por ti adentro
    A minha alma por si vive insegura
    Não é noite nem dia, aqui por dentro
    É só o fim do outono e a amrgura


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