El Abrazo Del Erizo
La noche tiene sus bolsillos
llenos de estrellas
y los míos están vacíos,
son como dos cuevas.
Malvavisco en la terraza
tibia, de tus labios,
almohada fiel que baña la sal
de mis ojos verdes.
Mírame, mírame, no soy buen actor
y sálvame, sálvame, de mí, de mí, de mí.
Porque hasta hoy
he confiado en ti
porque hasta hoy
no fui capaz de prescindir de ti.
A pesar de tener mi voluntad atada,
trataré de vivir con mis dos manos libres.
Aunque hasta hoy
he confiado en ti,
aunque hasta hoy
no fui capaz de prescindir de ti...
Y aunque el abrazo de un erizo
sea lo mismo que perderte...
O Abraço do Porco-espinho
A noite tem seus bolsos
cheios de estrelas
e os meus estão vazios,
são como duas cavernas.
Malvavisco na varanda
aquecida, dos teus lábios,
pillow fiel que banha o sal
dos meus olhos verdes.
Olha pra mim, olha pra mim, não sou bom ator
e me salva, me salva, de mim, de mim, de mim.
Porque até hoje
confiei em você
porque até hoje
não consegui me livrar de você.
Apesar de ter minha vontade amarrada,
tentarei viver com minhas duas mãos livres.
Embora até hoje
tenha confiado em você,
embora até hoje
não consegui me livrar de você...
E embora o abraço de um porco-espinho
seja o mesmo que te perder...
Composição: Mikel Erentxun