Amnesia
I can see myself tucked in and fast asleep,
looking all peaceful, but in my dreams I weep.
from far up I'm looking down upon myself,
and I wonder who it is that's lying there.
I feel like in a world all beside myself,
afraid I won't wake up, with no one there to care.
I know someone used to watch me in my sleep,
but some things seem just impossible to keep.
I fight hard to bring it back into my mind,
but to no use, it all seems to be a blank.
I wonder what it was that had me defined,
but one thing I know: I have myself to thank.
I feel like I have amnesia,
but I know it's myself I've lost.
I wonder what's happened so far,
and what might have been the cost.
I'm not sure I want to know
any of the things I've done.
I don't know yet where to go,
but I'll accept my past is gone.
I feel like I have amnesia,
and I've missed the heavenly host.
I'm surprised I've come this far,
living without what I need most.
I don't think I can go back,
to the things that were before.
though I'm now always wearing black,
I don't bemoan my life of yore.
I wake up and feel like I should be at home,
but I do not know this, it's not where I belong.
my head is dazed and my mind is all confused,
and I'm not quite sure that I'm really there.
but the mirror shows me looking out, bemused,
into a blank place that could be anywhere.
I feel like I have been left out in the cold,
and it hurts to know that this is all my fault.
I leave this place to find familiar ground,
but the whole world seems to have been rearranged.
now my former self is nowhere to be found,
and I know that it's myself that's changed.
Amnésia
Eu me vejo deitado, dormindo em paz,
parecendo tranquilo, mas nos meus sonhos eu choro.
do alto, olho pra baixo, vejo a mim mesmo,
e me pergunto quem é aquele que está ali.
Sinto que estou em um mundo só meu,
temendo não acordar, sem ninguém pra se importar.
Sei que alguém costumava me vigiar enquanto eu dormia,
mas algumas coisas parecem impossíveis de guardar.
Luto pra trazer isso de volta à minha mente,
mas não adianta, tudo parece um vazio.
Me pergunto o que era que me definia,
mas uma coisa eu sei: sou eu quem tenho que agradecer.
Sinto que tenho amnésia,
mas sei que sou eu que perdi.
Me pergunto o que aconteceu até aqui,
e qual pode ter sido o preço.
Não tenho certeza se quero saber
sobre as coisas que fiz.
Ainda não sei pra onde ir,
mas aceito que meu passado se foi.
Sinto que tenho amnésia,
e que perdi o que é mais divino.
Fico surpreso por ter chegado tão longe,
vivendo sem o que mais preciso.
Não acho que posso voltar,
pra tudo que era antes.
Embora agora eu sempre vista de preto,
eu não lamento minha vida de outrora.
Acordo e sinto que deveria estar em casa,
mas não conheço isso, não é onde pertenço.
Minha cabeça está tonta e minha mente confusa,
e não tenho certeza se realmente estou ali.
Mas o espelho me mostra olhando pra fora, perplexo,
num lugar vazio que poderia ser qualquer lugar.
Sinto que fui deixado de fora no frio,
e dói saber que isso é tudo culpa minha.
Deixo este lugar pra encontrar um chão familiar,
mas o mundo todo parece ter sido rearranjado.
Agora meu eu anterior não está em lugar nenhum,
e eu sei que sou eu quem mudou.