Se Eu Acreditar Em Mim

“Se Eu Acreditar Em Mim”: autoconfiança e origem de Ladybug

Em Se Eu Acreditar Em Mim, parte de Miraculous: Le Film (2023), de Jeremy Zag, o refrão condicional funciona como gatilho de transformação: cada “Se eu confiar em mim” desloca Marinette da hesitação para assumir a coragem que a tornará Ladybug. A canção encena o momento de origem e de autoconfiança exigido pela narrativa, ligando a estudante tímida à heroína em formação. Quando ela canta “Outra vida pra viver” e “O que sou, logo vou revelar”, aparece a tensão entre a rotina e a identidade heroica — mais como descoberta íntima do próprio potencial do que exposição pública. A imagem dos “comerciantes” mantém o cotidiano em cena enquanto ela decide “qual é minha missão”, espelhando o foco do filme em apresentar a missão de Ladybug no universo Miraculous Ladybug.

A letra avança da dúvida — “Eu nunca sei o que dizer”, “Não vou me envolver” — para a virada de chave em “Mas pode mudar / E eu conseguir, sim” e, então, para a decisão de agir: “Vou encontrar um jeito / Eu vou me decidir / Eu não quero mais fugir”. As metáforas de criação — “As cores que eu formei / Tudo o que eu desenhei / Irá surgir” — traduzem o sonho ganhando forma concreta. Há um duplo sentido em “Minha fantasia ser real?”: a imaginação se tornando realidade e o traje de heroína encontrando propósito no mundo. No fim, o mantra “Vai ser real / Se eu confiar em mim” sela a passagem da insegurança para a ação, alinhando emoção e escolha — um compromisso interno que resume o arco de Marinette, composto dentro da visão de Jeremy Zag.