Le Mal des Siècles

O Mal dos Séculos

Le Mal des Siècles

Dá pra sentir o Mal, soprado em mimOn dirait le Mal, insufflé en moi
A nota que desafina a harmoniaLa note qui fait dissoner l'harmonie
Ou o lamento de um violino que geme...Ou le fausset d'un violon qui gémit...

Abortem com suas mãos os espíritos elegíacosAvorte de tes mains les esprits élégiaques
E ausentes os sonhos cheios de desgraçasEt absents les rêves pleins de malheurs
Gritam sem parar na alma que morreHurlent sans cesse en l'âme qui meurt
Os versos horríveis de uma arte paranoicaLes vers horribles d'un art paranoïaque

Tenho as asas quebradas de um anjo doenteJ'ai les ailes brisées d'un ange malade
Torturadas, rasgadas como o espírito de SadeTorturées, déchirées comme l'esprit de Sade
No meu crânio furado, você vê a miséria?En mon crâne troué, vois-tu la misère?
Minha ferida não é o olho do inferno?Ma blessure n'est-elle pas l'oeil de l'enfer?

Dá pra sentir o Mal como o raio que estrangulaOn dirait le Mal comme la foudre qui étrangle
Os céus majestosos das abóbadas quiméricasLes cieux augustes des voûtes chimériques
Dos calabouços dos nossos corações tão trágicosDes cachots de nos coeurs trop tragiques
Sufocadas nossas amores de sangue e cinzasÉtouffées nos amours de sang et de cendres

Abre suas veias pra encontrar a luzOuvre tes veines pour trouver de la lumière
Pois o mal esconde suas chamas e seus estalosCar le mal cache ses flammes et ses éclats
Estoura sua cabeça com uma bala, goze do estrondoDéfonce ta tête d'une balle, jouis du fracas
Você é o mal que matava a luz...Tu es le mal qui tuait la lumière...