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Letra

    Pateou cobertas pra saborear o silêncio
    Que a madrugada oferece a quem medita.
    Nada melhor que a parceria do "amargo"
    Pra voltar ao tempo onde o coração palpita.

    Alçou a perna na lembrança piqueteira
    E com um fiambre de saudade preso aos tentos,
    Foi camperear na invernada do passado
    Que, bem de asto, ceva gordos pensamentos.

    E nesta andança por caminhos rastreados
    Veio um sorriso no semblante se estampar,
    Mesclado a água da vertente de seus olhos,
    Pranteando um tempo que se foi para não voltar.

    Boleou a perna da pseudo campereada
    Quando a sirene de uma indústria o acordou,
    Pra machucá-lo com a triste realidade
    Da circunstância que a cidade o tragou.

    Quando passo, vejo a estampa maragata
    Na janela de seu alto apartamento.
    Um cardeal "bombiando" a vastidão do mundo
    Da opressão de uma gaiola de cimento.


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