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Balada Para Um Louco

Moacyr Franco

LetraSignificado

    Num dia desses ou, numa noite dessas
    Você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou
    Ou, sei lá, pela sua vida, quando de repente
    Por detrás de uma árvore, apareço eu

    Mescla rara de penúltimo mendigo
    E primeiro astronauta a pôr os pés em Vênus
    Meia melancia na cabeça, uma grossa meia sola em cada pé
    As flores da camisa desenhadas na própria pele
    E uma bandeirinha de táxi livre em cada mão

    Ah! Ah! Ah! Você ri, você ri porque só agora você me viu
    Mas eu flerto com os manequins
    O semáforo da esquina me abre três luzes celestes
    E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro
    Vem, vem, vamos passear e assim meio dançando, quase voando eu
    Te ofereço uma bandeirinha e te digo

    Já sei que já não sou, passei, passou
    A Lua nos espera nessa rua é só tentar
    E um coro de astronautas, de anjos e crianças
    Bailando ao meu redor, te chama
    Vem voar

    Já sei que já não sou, passei, passou
    Eu venho das calçadas que o tempo não guardou
    E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta?
    Talvez chegar ao Sol, pois eu te levarei

    Ah! Ah! Ah! Ah!

    Louco, louco, louco! Foi o que me disseram
    Quando disse que te amei
    Mas naveguei as águas puras dos teus olhos
    E com versos tão antigos, eu quebrei teu coração

    Ah! Ah! Ah! Ah!

    Louco, louco, louco, louco, louco! Como um acróbata demente saltarei
    Dentro do abismo do teu beijo até sentir
    Que enlouqueci teu coração, e de tão livre, chorarei

    Vem voar comigo querida minha
    Entra na minha ilusão super-esporte
    Vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor
    Ah! Ah! Ah!
    Do Vietnã nos aplaudem: Viva! Viva os loucos que inventaram o amor!
    E um anjo, um soldado e uma criança repetem a ciranda
    Que eu já esqueci
    Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando
    Que sou eu? Sei lá, um tonto, um santo, ou um canto a meia voz

    Já sei que já não sou, nem sei quem sou
    Abraça essa ternura de um louco que há em mim
    Derrete com teu beijo a pena de viver
    Angústias, nunca mais! Voar, enfim, voar

    Ama-me como eu sou, passei, passou
    Sepulta os teus amores vamos fugir, buscar
    Numa corrida louca o instante que passou
    Em busca do que foi, voar, enfim, voar

    Ah! Ah! Ah! Ah!

    Viva! Viva os loucos
    Viva! Viva os loucos que inventaram o amor!
    Viva! Viva! Viva!

    Composição: Astor Piazzolla / Horácio Ferres. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Antônio. Revisões por 3 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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