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Você

Morquecho Sánchez

Tú

Era principio de noviembre
Cuando cruzaste por mi camino
De mi boca salió tu nombre
Se escuchó mucho, muy divino
Caminé decidido a acercarme
Entre sueños quise casarme

Los siguientes días de invierno
De día y noche fueron infierno
Yo soñando con tu boca loca
Tú mirándome casi enfermo
Nadie sabiendo lo que se invoca
Ambos soñando el sueño eterno

Dedos que se entrelazan
Promesas de que nos casan

Tú
Ojos de mundo desconocido
Mírame y dime que no te he perdido
Tú, tú
De ojos que hablan con la verdad
Ten de mí un poco de piedad
Tú

El momento esperado nos llegó
Noche y día con la lluvia se juntó
Promesas de vida por cumplir
Caricias que duran para siempre
En tus brazos yo pude dormir
El sueño de aquel noviembre

Ese lunar bajo los labios
Como Luna llena en el firmamento
Noches de insomnio que fueron fuego
Que no se apaga con una tormenta
La carne del pecado que está prohibida
Por la sociedad de este momento
No sabe ni se imagina
Que para nosotros aquel instante fue un mandamiento

Tú
Ojos de mundo desconocido
Júrame que siempre me has querido
Tú, tú
De ojos que hablan con la verdad
Entrégame entera tu vanidad
Tú

No creas que todo esto pasó
Por el capricho de dos personas que se aman
Es un invento de los que no saben
Que nosotros combatimos fuego con fuego
¿A ellos qué les importa lo que dicen
¿Que dicen y que tanto dicen que reclaman?
Nosotros ya estamos en este asunto
Que a todos les parece que es un juego
Que alguien vaya y les diga
Que en esto del amor no existe nunca un luego
Es el destino que aceptaron
Dos personas que entre sueños se amarran

Santa catrina de las piedras
Que se brinca santos en medio de la soledad
Pídele al cielo que entienda
Que la vida nos juntó porque se le dio la gana
Pídele que se ponga en nuestra posición
Que no es dentro de una cama
Sino entre el verano y el invierno
De una cabaña sin techo, cama ni dignidad
Lo único que tiene es espacio
Para decir te amo mil veces con toda sinceridad
Con sitio de sobra para la felicidad
De dos que no conocen mañana

Tú
Ojos de este mundo, yo me despido
Si por algo, nada, yo te he perdido
Tú

Tú
Con velo de santa sin santidad
Soy santo de yeso y tu propiedad
Tú

Tú
Memoria en la que estoy escondido
Recuérdame, por favor, yo te lo pido
Tú, tú
Las venas abiertas de mi humanidad
De mi sangre ya eres una enfermedad
Tú

Você

Era começo de novembro
Quando você cruzou meu caminho
Saiu da minha boca seu nome
Soou alto, muito divino
Caminhei decidido a me aproximar
Entre sonhos quis me casar

Os dias seguintes de inverno
De dia e noite foram um inferno
Eu sonhando com sua boca louca
Você me olhando quase doente
Ninguém sabendo o que se invoca
Ambos sonhando o sonho eterno

Dedos que se entrelaçam
Promessas de que vamos nos casar

Você
Olhos de um mundo desconhecido
Olhe pra mim e diga que não te perdi
Você, você
Com olhos que falam a verdade
Tenha de mim um pouco de piedade
Você

O momento esperado chegou
Noite e dia com a chuva se juntou
Promessas de vida por cumprir
Carícias que duram pra sempre
Nos seus braços eu pude dormir
O sonho daquele novembro

Aquela pinta sob os lábios
Como a lua cheia no firmamento
Noites de insônia que foram fogo
Que não se apaga com uma tempestade
A carne do pecado que é proibida
Pela sociedade desse momento
Não sabe nem imagina
Que pra nós aquele instante foi um mandamento

Você
Olhos de um mundo desconhecido
Jure-me que sempre me quis
Você, você
Com olhos que falam a verdade
Entregue-me toda a sua vaidade
Você

Não pense que tudo isso aconteceu
Por capricho de duas pessoas que se amam
É uma invenção dos que não sabem
Que nós combatemos fogo com fogo
E a eles o que importa o que dizem
O que dizem e que tanto dizem que reclamam?
Nós já estamos nesse assunto
Que pra todos parece um jogo
Que alguém vá e diga a eles
Que nesse amor nunca existe um depois
É o destino que aceitaram
Duas pessoas que entre sonhos se amarram

Santa catrina das pedras
Que pula santos em meio à solidão
Peça ao céu que entenda
Que a vida nos juntou porque quis assim
Peça que se coloque na nossa posição
Que não é dentro de uma cama
Mas entre o verão e o inverno
De uma cabana sem teto, cama ou dignidade
O único que tem é espaço
Pra dizer te amo mil vezes com toda sinceridade
Com espaço de sobra pra felicidade
De dois que não conhecem o amanhã

Você
Olhos deste mundo, eu me despeço
Se por acaso, nada, eu te perdi
Você

Você
Com véu de santa sem santidade
Sou santo de gesso e sua propriedade
Você

Você
Memória na qual estou escondido
Lembre-se de mim, por favor, eu te peço
Você, você
As veias abertas da minha humanidade
Da minha sangue já é uma doença
Você

Composição: Morquecho Sánchez