Da Janela

A Nostalgia e a Simplicidade da Vida Rural em 'Da Janela'

A música 'Da Janela' de Moxuara é uma ode à vida simples e bucólica do campo. A letra começa descrevendo cenas típicas da zona rural, como o trem no trilho, o milho ao sol e o mato ralo que deixa o chão nu. Essas imagens evocam uma sensação de tranquilidade e rotina, onde o trabalho manual, representado pelo 'pé na lida' e a 'enxada à mão', é parte integrante do dia a dia. A presença do 'pó, poeira, vento' reforça a rusticidade e a conexão com a natureza.

No segundo verso, a letra continua a pintar um quadro da vida no campo, com elementos como o 'galho seco', 'um sono, um sonho' e 'uma estradinha sem destino'. Esses elementos sugerem uma vida sem pressa, onde o tempo parece passar de maneira diferente. A menção ao 'ponto verde, boi, vaqueiro' e ao 'trem no trilho' com o 'rosto ao sol' traz à tona a figura do trabalhador rural, que vive em harmonia com a natureza e os ciclos do campo.

O último verso introduz uma nota de melancolia com a 'voz, viola, o canto' e a 'saudade amarga a hora'. A imagem do 'violeiro na janela, preso o canto' sugere um sentimento de nostalgia e talvez de isolamento. A janela pode simbolizar a separação entre o violeiro e o mundo exterior, enquanto ele se encontra preso em suas memórias e sentimentos. A música, assim, não só celebra a simplicidade da vida rural, mas também reconhece a saudade e a solidão que podem acompanhá-la.