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Um Pedaço do Inferno

MPC 288

Letra

    Destrava a matraca, plá plá plá
    E pode encomendar outro caixão pra mãe velar
    Atira e plá, caiu outro corpo na cova.
    É só um pedaço do inferno onde o demônio ajoelha e chora

    Se liga meu querido, nós vamos invadir
    Pegar o chip ta mocado é só os contato no radinho
    Liga lá pro iel e fala das ferramenta, e vê se ta firmeza
    Aquela encomenda
    Cinco 380, dois oitão e algumas glock
    O depósito tá feito é só pegar os malote
    Já ocultamos o pilantra, vamos descer pro extermínio
    Os vermes não vai ter sossego, chegamos tamo invadindo
    Só criminoso tenebroso, pique terrorista

    Os pentes tá estufado, e as pt já tá na cinta.
    Os tambor já tá lotado, e os ferro já tá na mão
    Vamos pro arrebento se prepara cusão
    Chegamos, enquadramos, “desce do carro, caralho”,
    Se tentar reagir, vai ter sangue derramando.
    E crânio furado e nóis dando fuga, rajando as viaturas
    E os vermes na captura
    Leva pro desmanche os mercedes conversível
    Vende lá pros ladrão, pros menino envolvido.
    Na sintonia, os mano alta voltagem
    Sem massagem, sem debate, se prepara covarde.
    Uma farda não esconde os canalha, filho da puta.
    Não esconde as pilantragens dentro das viaturas
    Pra você não tem boi não, sai fora seu cusao
    De pt pensa que é rei, mas é verme no caixão
    É só o crime que vem, de capuz na cara
    Super-homem da quebrada tá furado de bala
    Ninguém quer ser bandido, ninguém nasce bandido.
    Não nasci dando tiro, mas vou morrer assassino.

    Destrava a matraca, plá plá plá
    E pode encomendar outro caixão pra mãe velar
    Atira e plá, caiu outro corpo na cova.
    É só um pedaço do inferno onde o demônio ajoelha e chora

    Missa de 7° dia é natural por aqui
    Alegria da favela é braço gordo na uti
    Em coma profundo, ou na sala de cirurgia.
    Pra quando abrir o olho só mexer do pescoço pra cima
    Eu te avisei que a vingança é tenebrosa
    Um prato que come frio é os cadáveres na cova
    Totalmente esquartejado sem nenhum privilégio
    Ou lá no hospital vegetando paraplégico
    É lamentável o veneno vai corroendo
    Vejo os moleque de 12, sobretudo no sereno
    Louco pra matar, o lúcifer pede controle,
    Treme na base quando vê as desert no coldre
    A cena é louca e foi criada por você
    Cada gota de sangue que cai, faz o inferno estremecer.
    E de pt a quadrilha rouba você
    Leva o audi do ano com gps e dvd
    Oktok motorola, mp7 pros contato
    Desce armamento pra estourar as blindagens do carro
    Desliga a moto se não quiser levar bala
    Tira o capacete, já era sua 7 gala
    Pode bater o martelo, acende a vela preta.
    Manda buscar as flores, e o paletó de madeira.
    Que o frankenstein vai pisar na sua cara
    É só um pedaço do inferno e o julgamento sangrento
    Não para

    Destrava a matraca, plá plá plá
    E pode encomendar outro caixão pra mãe velar
    Atira e plá, caiu outro corpo na cova.
    É só um pedaço do inferno onde o demônio ajoelha e chora

    Manda a polícia me algemar, cusão e me matar
    Nem assim você ta livre das rajadas de ak
    Você cola faixa no portão, passa no vestibular.
    Os meus dá tiro de oitão
    E deixa o sangue empoçar no lugar
    Seu filho se pá vai tá formado em medicina
    O meu vai tá no educandário, ou na mesa do legista,
    Vai ver, que o grito de socorro não era à toa
    Vira grito de terror, quando o oitão tá na sua boca.
    Um moleque ganhou um fuzil de brinquedo
    Não aguenta o peso, mas logo mata por dinheiro.
    Enquanto você tava de férias na europa
    A mãe pede pro traficante pro filho trampa na boca
    Esquece a porra da oração, que o santo deve tá surdo
    Não pedi pra rasgar lixo, morar no viaduto.
    Cansei da agua de esgoto, compressada, o chão de barro.
    Se eu não tiver no caixão, seu filho vai tá carbonizado.
    No cativeiro chora sangue com a navalha na orelha
    Sem dinheiro vai montar o filho que nem quebra-cabeça
    País do inferno quer me ver na cadeia
    Com 18 servir a pátria com farda jurar a bandeira
    Vai pra puta que pariu gringo arrombado
    Que não é ponto de turismo caixão preto lacrado
    Aqui o demônio tá de touca, berma e 380
    Quer conhecer o ódio, seja bem vindo ao inferno.

    Destrava a matraca, plá plá plá
    E pode encomendar outro caixão pra mãe velar
    Atira e plá, caiu outro corpo na cova.
    É só um pedaço do inferno onde o demônio ajoelha e chora.


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