Confiança (Parte 2)

O dealer dá cartas marcadas e cê não pode prever
O inicio e fim é sempre o mesmo e cê deixa esquecer

Tenta ver algo diferente
Se esquece que a vida não é só sua vertente

Bota confiança em algo que não é só seu
Acha ter reciprocidade e no fim só vê breu

Não há mais luz, não há mais amor
Não há nada mais vazio que o amargo do rancor

Não encontra paz em ninguém, nem em si mesmo
Show de Truman, tudo fake, ninguém quer o seu apreço

Testam seu valor, testam sua calma
Querem te usar e no fim não resta nada

A confiança é uma praga, pique cavalo-de-tróia
Testa vulnerabilidade e invade a sua bolha

Engenharia social, teste de informação
Combinam dados neurais pra te causar confusão

Respiração ofegante, sensação de abstinência
Não há álcool suficiente que alivie a consciência

Pulmão retraído, coração esmagado
Angustia no peito, sensação de humilhado

Isso demonstra fraqueza? Força? Ego? Vaidade?
Dor por si próprio de mostrar fragilidade

Erro de percepção, Erro de ação
Problema de confiança gerada por frustração

Se encontrar em si próprio cada vez mais confuso
Sensação de liberdade e cada vez mais recluso

Pensamento suicida também é foda quando vem
Fugir dos problemas ou isso é virar refém?

Repetição do mesmo erro chamada de insanidade
O erro de confiar te causa instabilidade

Bomba nuclear, turbilhão de pensamentos
Não dá pra controlar tanta informação por dentro

Vou extravasar, preciso evitar
Parar pra pensar me dá vontade de (aah)