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Vulto Sem Medo

Mucambo

Letra

    Senzala, seu grito ecoa
    Ecoa entre os canaviais
    É martelo, é corrente, é chibata
    É gente infeliz a chorar
    É o espelho polido com sangue
    Em sua face se fez reluzir
    É a agonia do engenho gritando
    É a moléstia no corpo cansado

    Veja, a luz se alumiou
    O candeeiro se fez
    Em passos pro interior

    É o sujeito escapando a rezar
    É o sorriso quebrado e sofrido
    É o gemido dos versos sem graça
    É a fumaça da brasa a implorar
    É o espanto do vulto sem medo
    É o espanto que o medo criou
    São mãos retalhadas, unidas
    Feridas, pingando a sangrar

    Veja, a luz se alumiou
    A liberdade se viu
    De andada pro interior

    É a face marcada e surrada
    É seu filho, é seu neto, é o presente!
    É a cultura, é senzala, é chibata
    É pecado, é profano, é indigente
    É passado, é raiz arrancada
    Bestial sentimento a dizer
    É o mucambo caindo aos pedaços
    Em retalhos de carne de gente


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