Cinzas do Éden

A noite cai e traz com ela todas as emoções
Dores, intrigas, mentiras, onde se escondem suas razões?
Flores malditas, espinhos
Onde provocam reações?

Janela aberta com uma brisa
Leva embora o que restou das soluções

Reflito trancado, só, em meu quarto
Calado sinto um desejo incontrolável
Único espaço, meu trago de um cigarro que antes apagado

Circulo em passos
Evitando os pensamentos de um passado

Muralhas não abalaram momentos bons
Levando sons pra surdos
Deixe que cante os mudos
Deixe que enxergue a natureza os cegos
Que ousaram subir os muros

Me deixe dançar enquanto as cinzas do éden caem
Me deixe dançar nas cinzas

A esperança já não bate na porta
Insônia proclama almas presas na balança
Sem direito a vingança
A rua sangra, desejo de mudança inflados de ignorância

Sua ganancia que não deixa enxergar o que nos sufoca
Sua ganancia que não os deixam enxergar

Muralhas não abalaram momentos bons
Levando sons pra surdos
Deixe que cante os mudos
Deixe que enxergue a natureza os cegos
Que ousaram subir os muros

Me deixe dançar enquanto as cinzas do éden caem
Me deixe dançar nas cinzas