Penhasco das Virgens

Olhos abertos pensando
Em coisas fora do comum
Cérebro acesso pensando
Em coisas que nem me lembro
Um ligeiro reflexo do Sol
Entrando pela janela
Livros e revistas espalhados pelo chão
Retratos na parede estampando o rosto dela
São coisas que me deixam
Totalmente sem ação

São coisas simples assim
Que me fazem ficar aqui parado
Pensando se o mundo tá mesmo perdido
Ou sou que estou errado
Quando voltava da escola às 12h
Todo ferrado, cansado, esmigalhado
Raciocinando, pensando se uma dia minha vida ia mudar
Nesse momento o calor no coração fazia uma lágrima rolar
Rolar pelo meu rosto

Por que tem de ser assim
Um mundo de verdade
Queria viver num cantinho
Numa história em quadradinhos colorida
Todo dia uma página
Num desenho animado
Com os amigos ao meu lado
Tudo tão normal
Cansou munda de canal
Sonhos simples sonhos
Sonhos simples de sonhar
Sonhos simples sonhos
Não desista de sonhar

A narração dessa história
Simplificada um modo incerto de pensar
Num vai e vêm de palavras ocultas
Como terror e sonhar

Oito ou oitenta pegada que sustenta
Quando olho nos seus olhos parece desatenta
Ainda sonho com você
Em dias de chuva
E não dá pra esconder
Tanta coisa oculta
Olhando o Sol eu posso ver que a vida ainda queima
Pode queimar eu nasço e renasço das cinzas
Pode queimar eu nasço e renasço das cinzas