En Corto (part. Chino Pacas)

Luxo, raízes e ascensão social em “En Corto (part. Chino Pacas)”

"En Corto (part. Chino Pacas)", de Natanael Cano com participação de Chino Pacas, retrata de forma direta a ostentação de riqueza e o orgulho das origens. A música utiliza gírias e imagens do cotidiano para mostrar um estilo de vida marcado pelo luxo, festas e conquistas rápidas. No verso “Y en corto se nota cuando llego / Con la motita que fumo despego” (E logo se nota quando chego / Com o baseado que fumo, decolo), a maconha aparece como símbolo de status e liberdade, enquanto a chegada das “morritas” reforça o poder de atração e o sucesso pessoal dos artistas.

A letra faz referência a negócios internacionais e atividades possivelmente ilícitas, como em “Con varios tratos en el extranjero / Y se lo mandamos, le dicen 'Branero'” (Com vários negócios no exterior / E mandamos para ele, chamam de 'Branero'), sugerindo uma rede de conexões que ultrapassa fronteiras e envolve movimentação de dinheiro e produtos. O orgulho das raízes aparece quando Chino Pacas menciona Guanajuato e exalta a bandeira do seu estado, mostrando que, apesar do sucesso, a ligação com a terra natal permanece forte. A valorização do esforço e da ascensão social é clara em “No fue de a gratis, sí le tuvimos que entrar / Desde abajo salí, wacha donde ando ahora” (Não foi de graça, tivemos que entrar / Saí de baixo, olha onde estou agora), destacando a trajetória difícil até o topo. O uso de marcas como Dickies e Amiri, além das referências a carros Cadillac e festas, reforça a imagem de novos ricos que celebram suas conquistas, misturando tradição e modernidade, típicos dos corridos tumbados.