Soldado do Rio

Madrugada de frio, casaco e touca
Atividade ‘tá no plantão
Soldado do Rio não dorme na boca
Nunca deu mole pra vacilão

Camisa de time e a mente avançada
Na sola do pé, coração de ladrão
Fica de esquina a quadrilha armada
O Estado é covarde, faz a operação

Nunca dei mole, eu não tenho vacilo
Pra ser cobrado, alguém tem que dever
Eu tô mais calmo, agora mais tranquilo
E pro Mengão já sei quem vai perder

Cidade perigosa é os crias do Rio
Querendo as mais safadas pra correr perigo
As preliminares começam nos drinks
O soldado do Rio hoje ‘tá sem limite

O Rio de Janeiro não usa colírio
Joga na seda, tô na cidade
Consome de tudo, até dá arrepio
O Rio de Janeiro, só na maldade

O Rio de Janeiro que troca de roupa
Enquanto o soldado faz ronda de tarde
Os meninos no beco, crianças na rampa
Criança e lazer, prosperidade

O Rio de Janeiro é um viciado
Que gosta das putas que cheira de dia
De noite ele parte pro novo embalo
O Rio de Janeiro cheio de turista
Fumando Maconha na praia de tarde

O Rio de Janeiro não usa colírio
Joga na seda, tô na cidade
Consome de tudo, até dá arrepio
O Rio de Janeiro, só na maldade