Hijo de Dos Nombres
Eres hijo de dos nombres
Con mezcla de blanco y rojo
Y llevas años arañando tierra
Escarcha y sueños
A veces abrazas la vida
Otras provocas la muerte
Y eternamente te deslizas
Por las sendas inmortales
Y en tus orillas verdes
Quiero encontrar mis musas
Siempre misteriosas, ellas
Que a veces me olvidan
Y es en ese velo denso
Lleno de misterio y encanto
Donde no puedo dibujar las sombras
Ni la intriga, ni la tristeza
Y quiero escribir la historia
De gente humilde enamorada
Pero el vaho disipa las letras
Entre el tremolar de la niebla
Eres parte de una tierra fría
Con tormentas que llegan del cielo
Ese cielo con estrellas brillantes
Que olvida a sus gentes
Filho de Dois Nomes
Você é filho de dois nomes
Com mistura de branco e vermelho
E há anos arranhando a terra
Gelo e sonhos
Às vezes abraça a vida
Outras provoca a morte
E eternamente você desliza
Pelos caminhos imortais
E nas suas margens verdes
Quero encontrar minhas musas
Sempre misteriosas, elas
Que às vezes me esquecem
E é nesse véu denso
Cheio de mistério e encanto
Onde não consigo desenhar as sombras
Nem a intriga, nem a tristeza
E quero escrever a história
De gente humilde apaixonada
Mas o vapor dissipa as letras
Entre o tremular da névoa
Você é parte de uma terra fria
Com tempestades que vêm do céu
Esse céu com estrelas brilhantes
Que esquece seu povo
Composição: Victoriano Pérez Fortea