dying on the inside

A dor silenciosa da aparência em "dying on the inside"

Em "dying on the inside", Nessa Barrett expõe de forma direta o sofrimento causado pela pressão dos padrões de beleza. A metáfora "Beauty is a knife, I've been holding by the blade" (A beleza é uma faca, eu tenho segurado pela lâmina) mostra como a busca pelo corpo ideal pode ser dolorosa e autodestrutiva, especialmente para quem enfrenta transtornos alimentares. Barrett fala abertamente sobre esse tema, rompendo anos de silêncio e trazendo à tona a relação entre orgulho, autonegação e dor, como no verso "Swallowing my pride so I won't eat anything" (Engolindo meu orgulho para não comer nada), que evidencia o ciclo de privação e sofrimento.

A música também critica a superficialidade dos elogios sociais, como em "Did you lose a little weight? You should keep it up cause it really looks great" (Você perdeu um pouco de peso? Deveria continuar assim porque está ótimo), que acabam reforçando comportamentos prejudiciais. O refrão "I hate that I always look my best when I'm dying on the inside" (Odeio que eu sempre pareço melhor quando estou morrendo por dentro) resume o paradoxo de quem sofre com a autoimagem: o exterior admirado esconde um sofrimento profundo. Ao dizer "I wish I could break the mirror that makes me feel like I should fucking disappear" (Queria poder quebrar o espelho que me faz sentir que eu deveria simplesmente desaparecer), Barrett revela o impacto devastador da pressão estética na saúde mental. Sua honestidade transforma a música em um espaço de conscientização e acolhimento para quem enfrenta desafios semelhantes.