Chun-Li

Nicki Minaj desafia críticas e exalta poder em “Chun-Li”

Em “Chun-Li”, Nicki Minaj usa a personagem do videogame “Street Fighter” como símbolo de força e resistência, mas inverte o papel tradicional da heroína ao se assumir como a "vilã" do rap. No verso “They paintin' me out to be the bad guy / Well, it's the last time you gonna see a bad guy do the rap game like me” (“Eles me pintam como a vilã / Bem, é a última vez que você vai ver uma vilã fazer o rap como eu”), Minaj mostra orgulho em ser alvo de críticas, transformando a hostilidade em motivação para reafirmar sua autoconfiança e domínio na indústria. Essa associação com Chun-Li já havia aparecido em trabalhos anteriores, consolidando a personagem como metáfora para sua postura combativa diante dos desafios do rap.

A letra traz referências claras ao luxo e ao poder, como em “Styled on 'em in this Burberry trench” (“Desfilei com eles usando esse trench coat da Burberry”) e “Show off my diamonds like I'm signed by the Roc” (“Exibo meus diamantes como se tivesse contrato com a Roc”), ressaltando seu sucesso e status. Metáforas como “You play checkers couldn't beat me playin' chess” (“Você joga damas, não conseguiria me vencer jogando xadrez”) destacam sua inteligência estratégica frente à concorrência. A repetição de “Bitch, it's King Kong” reforça sua imagem de força inabalável, misturando elementos da cultura pop para criar uma identidade única. No trecho “They need rappers like me / So they can get on their fuckin' keyboards / And make me the bad guy, Chun-Li” (“Eles precisam de rappers como eu / Para poderem ir para seus malditos teclados / E me fazerem de vilã, Chun-Li”), Minaj critica o julgamento constante que sofre, mas também sugere que sua presença é essencial para movimentar a cena, transformando a exclusão em protagonismo.