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REAL UNDERGROUND

Nochica

Letra

    Ó, hey, hey, hey, hey
    Flagra, flagra
    Real Underground, real underground, flagra, flagra, flagra, flagra, flagra

    A necessidade de dinheiro fez os manos se perder
    A venda de crack fez homens comuns enriquecer
    Um crucifixo no meu peito pra carregar o peso do que eu vejo nessas ruas
    Do que eu faço nessas ruas, há quem diga que é por pacto, tá amarrado, na curva do S esperando o 774
    Clima tenso na favela ao lado, talvez seja a cana invadindo, a troca de tiros aqui é ao vivo
    Já era madrugada, as 3h da manhã se os cana passa já era, ia fazer jus aos portão aberto do satã
    Esses caras são mais sujos do que eu que faço rap sujo, lei da selva quem tem mais dinheiro controla tudo

    É
    Real vivência, onde todo mundo conhece todo mundo
    Só fecho com meus manos, não me misturo
    Quatro manos de preto, comigo cinco, na minha gangue é só sujeito ignorante, corto o vínculo
    Pode ser que adiante envolvido com a atual ir adiante
    As facção do Rio de Janeiro ainda representam a briga de gangue
    Tem sangue no chão e no meu pisante, tem policial safado querendo forjar meus manos
    Reage como traficante, tem safadas querendo dar pra gangue
    Tem uma boca de fumo em cada quarteirão, mano por favor, não se espante, só cria entende, não mudou nada eu sou o mesmo de sempre
    Eles sabem a onde me encontrar

    Eu, não repito versos, mas meu slogan e meu vulgo, sempre tem que ser lembrado
    Eu, não repito versos, mas meu slogan e meu vulgo, sempre tem que ser lembrado
    Real underground, real underground, vivendo no inferno ouvindo e vendo coisas que você não sabe
    Real underground, real underground, real underground

    Olha só
    Aqui é moto tráfico, não moto táxi
    Braço mão de onça foi pego roubando no bairro, e teve o dedo cortado
    Perdi manos nas ruas, então essas ruas vai perder, o dinheiro pra mim não fico na reta dos polícia, o ritmo é assim
    Os cria dita, vocês copia, como pode nós se acostumar com a morte, cuidado com quem você mexe ou olha torto, todo mundo tem um contato forte
    Meus manos não estão abertos a afeto, perante a rapaziada não pergunte o meu nome
    Meu vulgo tem o peso do respeito, eu tava na vivência e vi crimes sendo feito

    Pessoas me conhecem, mas eu não sei quem é, não sei o que me espera nessas ruas, ando preparado
    O mesmo pé direito que me dá confiança já chutou a cabeça do próprio pai, pois é
    Com a certeza afirmo, eu sou único, não me compare mulher


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