Remords posthume

Remorso póstumo

Remords posthume

Quando você dorme, minha linda morena
Lorsque tu dormiras, ma belle ténébreuse
No fundo de um monumento construído em mármore preto
Au fond d'un monument construit en marbre noir
E quando você tem alcova e mansão
Et lorsque tu n'auras pour alcôve et manoir
O que uma abóbada de chuva e um poço oco
Qu'un caveau pluvieux et qu'une fosse creuse

Quando a pedra, oprimindo seu peito com medo
Quand la pierre, opprimant ta poitrine peureuse
E seus flancos que relaxam um charmoso nonchaloir
Et tes flancs qu'assouplit un charmant nonchaloir
Impedirá seu coração de bater e querer
Empêchera ton coeur de battre et de vouloir
Quando você dorme, minha linda morena
Lorsque tu dormiras, ma belle ténébreuse

E seus pés correndo sua corrida aventureira
Et tes pieds de courir leur course aventureuse

O túmulo, confidente do meu sonho infinito
Le tombeau, confident de mon rêve infini
(Porque o túmulo sempre incluirá o poeta)
(Car le tombeau toujours comprendra le poète)
Durante estas grandes noites em que a soma é proibida
Durant ces grandes nuits d'où le somme est banni

Vai te dizer: o que lhe serve, cortesã imperfeita
Te dira: Que vous sert, courtisane imparfaite
Para não saber o que os mortos lamentam?
De n'avoir pas connu ce que pleurent les morts?
E o verme vai comer sua pele como remorso
Et le ver rongera ta peau comme un remords