exibições de letras 8.435

Cangsta

O Surto

LetraSignificado

    Essa é uma lenda do sertão que uma vez eu ouvi falar
    Lá nas terras do meu avó, lá nas bandas do juazeiro
    Onde cabra frouxo é quem morria primeiro
    E o cangaço que botava pra lascar
    Naquele tempo apareceu um tal de Zé Bedé Gueba
    Cabra macho corajoso, não perdia peleja
    Não vacilava na peixeira, vivia so pra brigar
    Gostava de uma cachaça e de uma mulher pra farrear

    Zé Bedé Gueba - decidiu entrar para o cangaço
    Zé Bedé Gueba - logo, logo se tornou o rei do aço
    Zé Bedé Gueba - no cangaço foi criando fama
    Até o dia que cruzou com os olhos de Damiana

    Mas Zé Bedé Gueba não podia imaginar
    Que Damiana fosse da polícia militar
    E estava tudo preparado para uma emboscada
    Que foi armada por Damiana a delegada

    Veja bem, veja bem
    Que fique na sua memória
    Que a moral dessa estória
    É que a vingança não convém, não!
    E não convém, não!
    Veja bem, veja bem
    Que fique na sua memória
    Que a moral dessa estória
    É que a vingança não convém, não!
    E não convém, não!

    Era a primeira vez que Zé tinha se apaixonado
    E deu azar coitado foi logo por um soldado
    Coitado não pois Zé não merecia pena
    Muito menos ele teve com a Madalena, ráah
    Pegava a cabeça dela e danava na parede
    Não dava de comer e quando deitava ela na rede
    Queria tudo do melhor: ki suco, água de coco
    Macaxeira, carne assada e cafuné no pescoço

    Zé Bedé Gueba - achava que as mulheres eram objeto
    Zé Bedé Gueba - com Damiana tomou direto e reto
    Zé Bedé Gueba - Zé Bedé Gueba não estava mais com a bola cheia
    Pois agora passava os dias dentro da cadeia

    Zé Bedé Gueba se sentia ofendido
    Tava enquadrado e com o coração partido
    Foi quando ele fez a tal promessa para Santana
    "Quando eu sair eu vou matar Damiana"

    Veja bem, veja bem
    Que fique na sua memória
    Que a moral dessa estória
    É que a vingança não convém, não!
    E não convém, não!
    Veja bem, veja bem
    Que fique na sua memória
    Que a moral dessa estória
    É que a vingança não convém, não!
    E não convém, não!

    Até o dia de noite no meio de um nevoeiro
    Zé Bedé Gueba conseguiu fugir do cativeiro
    E foi correndo atrás de Damiana
    Pra se vingar da delegada que lhe meteu em cana
    Mas Damiana tava armada e disse pode vim
    Ainda não apareceu um macho pra dar jeito em mim
    Zé Bedé Gueba disse a pois eu sou o primeiro
    Vai apanhar tanto que vai me pedir peleja de joelho

    Mas Damiana tava armada com uma carabina
    Mirou bem nos ovos de Zé e atirou em cima
    E ali findou a vida do valente do cangaço, morreu feito veado
    Sem ser fêmea e sem ser macho!

    Veja bem, veja bem
    Que fique na sua memória
    Que a moral dessa estória
    É que a vingança não convém, não!
    E não convém, não!
    Veja bem, veja bem
    Que fique na sua memória
    Que a moral dessa estória
    É que a vingança não convém, não!
    E não convém, não!

    Composição: Franklin / Jucian Carlos / Reges Bolo / Zé Wilcley. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de O Surto e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção