Aviator
Vot i snova gribnaya pora -
legkij shtil' v suete gorodskoj.
Mozhno snova letat' do utra
nad pritixsheyu letnej Moskvoj.
Ne ponyaten, i prost moj porog,
postoyu u okna, pomolyus'.
Dopivaya sirenevyj smog,
gorod vklyuchit sozvezdie lyustr.
I ottolknuvshis' ot okonnogo kresta,
kak ten' lista,
ya stanu legok.
I slovno s`ezhitsya, umen'shitsya,
rasteryanno otstav,
Kvadrat dvora
so staej vysoxshix pelenok.
Vot i snova gribnaya pora -
legkij shtil' v suete gorodskoj.
Mozhno snova letat' do utra
nad pritixsheyu letnej Moskvoj.
I ponyaten, i prost moj porog,
postoyu u okna, pomolyus'.
Dopivaya sirenevyj smog,
gorod vklyuchit sozvezdie lyustr.
I ottolknuvshis' ot okonnogo kresta,
kak ten' lista,
ya stanu legok.
I slovno s`ezhitsya, umen'shitsya,
rasteryanno otstav,
Kvadrat dvora
so staej vysoxshix pelenok.
A potom ya prodolzhu polet,
nad rekoj, nad Tagankoj-vdovoj.
Kak bol'shoe tryumo neboskreb,
otrazhat' budet svet zolotoj.
Ya krugi budu v nebe pisat',
i na steklax plyasat' kak na l'du.
Ya tebya budu vsyudu iskat',
i naverno opyat' ne najdu.
Ya nikogda tebya ne videl, nikogda,
no lish' togda,
kogda najdesh'sya.
Na gulkoj ulochke pustoj,
tebya uznayu bez truda,
I ty menya uvidev v nebe,
ulybnesh'sya.
I vot tak, beskonchno davno,
ya kruzhu i kruzhu nad Moskvoj.
Ya kak-budto snimayus' v kino,
pro sluchajnuyu vstrechu s toboj.
I vozvrativshis', dolgo ya esche ne splyu.
sizhu i p'yu, a leto taet.
Puskaj stuchatsyav moj angar,
ya nikomu ne otvoryu.
V netrezvom vide
aviatory ne letayut.
Aviador
É de novo a hora nublada -
leve brisa na correria da cidade.
Posso voar de novo até o amanhecer
sobre a calma do verão em Moscou.
É simples e claro meu limiar,
fico parado na janela, vou rezar.
Terminando o névoa lilás,
a cidade vai acender o céu de estrelas.
E, afastando-me da cruz da janela,
como a sombra de uma folha,
vou ficar leve.
E como se eu fosse descer, me diminuir,
disperso, deixado pra trás,
O quadrado do pátio
com a equipe de fraldas secas.
É de novo a hora nublada -
leve brisa na correria da cidade.
Posso voar de novo até o amanhecer
sobre a calma do verão em Moscou.
E é simples e claro meu limiar,
fico parado na janela, vou rezar.
Terminando o névoa lilás,
a cidade vai acender o céu de estrelas.
E, afastando-me da cruz da janela,
como a sombra de uma folha,
vou ficar leve.
E como se eu fosse descer, me diminuir,
disperso, deixado pra trás,
O quadrado do pátio
com a equipe de fraldas secas.
E então eu continuarei o voo,
sobre o rio, sobre a Taganka viúva.
Como um grande triunfo, arranha-céu,
refletirá a luz dourada.
Vou desenhar círculos no céu,
e dançar nos vidros como se fosse no gelo.
Vou te procurar em todo lugar,
e provavelmente não vou te encontrar de novo.
Eu nunca te vi, nunca,
mas só então,
quando você estiver por perto.
Na rua deserta e vazia,
vou te reconhecer sem dificuldade,
E você, ao me ver no céu,
vai sorrir.
E assim, infinitamente há muito tempo,
eu estou circulando e circulando sobre Moscou.
É como se eu estivesse filmando um filme,
sobre um encontro acidental com você.
E, ao voltar, ainda não vou dormir.
fico sentado e bebendo, enquanto o verão derrete.
Deixa meu hangar bater,
eu não vou abrir pra ninguém.
Em estado de embriaguez
aviadores não voam.