Never Forget

Resiliência e memória em "Never Forget" de Omah Lay

Em "Never Forget", Omah Lay destaca sua origem humilde ao se autodenominar "marine base boy", referência à sua infância em Port Harcourt, uma região marcada por dificuldades sociais e econômicas. O verso "From the slums I come" reforça essa trajetória de superação, mostrando como o artista valoriza suas raízes e a resiliência diante das adversidades. Ao afirmar "I know love is war" (Eu sei que o amor é guerra), Omah Lay reconhece que até mesmo sentimentos positivos podem ser acompanhados de conflitos e perdas, refletindo experiências pessoais e familiares que influenciaram sua carreira musical desde cedo.

A repetição de frases como "I'll never forget" (Eu nunca vou esquecer) e "I will not forget you" (Eu não vou te esquecer) demonstra o compromisso do artista em preservar a memória de pessoas importantes, incluindo aquelas que já se foram e as futuras gerações, como em "Tell the kids unborn and the ones we lost" (Conte para as crianças que ainda não nasceram e para as que perdemos). O uso do idioma Ikwerre em "Gbashi nim ere ngwa ngwa, Gbashi nim ere Kwai Kwai" convida à celebração da cultura e resistência, mesmo diante da dor. Ao abordar a mortalidade em "Everybody will die, die like ant and rot like Millipedes" (Todo mundo vai morrer, morrer como formiga e apodrecer como centopeia), Omah Lay traz uma visão realista sobre a vida, enquanto versos como "I hide my pains, my blow, my misery" (Eu escondo minhas dores, meus golpes, minha miséria) revelam sua luta interna para lidar com o sofrimento sem perder a esperança. Assim, a música se torna um tributo à memória, à superação e à identidade cultural.