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Letra

    (Outono)

    Na água gelada do teu rio
    O batismo que inicia
    O meu outono em tom febril
    É amarelo

    Molha as minhas folhas e leva
    Vela, ofélia, por mim
    Milagres ou quimeras
    Ora, ora por mim

    Nas águas passadas do teu rio
    É tanto banho de água fria
    Como de praxe
    Pela terceira vez num mês
    Vai chover, chover, chover
    Pra amadurecer, amor

    (Primavera)

    Num passado
    Tempos idos
    Eu calado, constrangido, enfim
    Pude crer, minha vez está
    Finalmente aqui

    Que aurora tão minguada
    Constituição mirrada
    Florescende tênue e sacra
    A tenra mocidade

    Eu, receoso juvenil,
    O meu peito treme e arqueja
    E você sem dó,
    Teu vestido leve
    Despeja
    Um frêmito encarnado
    E eriça o meu pudor

    Ofegante face a face
    Tão efêmero mal nasce e já esvai

    Minha senhora
    Nas altura puras plenas
    Sua alteza serena

    Você vai me deixar essa noite
    Um ramo invisível de alívio e dor
    Mil calafrios vão da candura ao rubor
    Tudo é tão triste tão belo tão revelador


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