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Quando o Verso Vem Pras Casa

Oswaldir e Carlos Magrão

Letra

    A calma do tarumã, ganhou sombra mais copada
    Pela várzea espichada com o sol da tarde caindo
    Um pañuelo maragato se abriu no horizonte
    Trazendo um novo reponte, prá um fim-de-tarde bem lindo

    Daí um verso de campo se chegou da campereada
    No lombo de uma gateada frente aberta de respeito
    Desencilhou na ramada, já cansado das lonjuras
    Mas estampando a figura, campeira, bem do seu jeito

    Cevou um mate pura-folha, jujado de maçanilha
    E um ventito da coxilha trouxe coplas entre as asas
    Prá querência galponeira, onde o verso é mais caseiro
    Templado a luz de candeeiro e um "quarto gordo nas brasa"

    A mansidão da campanha traz saudade feito açoite
    Com olhos negros de noite que ela mesma querenciou
    E o verso que tinha sonhos prá rondar na madrugada
    Deixou a cancela encostada e a tropa se desgarrou

    E o verso sonhou ser várzea com sombra de tarumã
    Ser um galo prás manhãs, ou um gateado prá encilha
    Sonhou com os olhos da prenda vestidos de primavera
    Adormecidos na espera do sol pontear na coxilha

    Ficaram arreios suados e o silêncio de esporas
    Um cerne com cor de aurora queimando em fogo de chão
    Uma cuia e uma bomba recostada na cambona
    E uma saudade redomona pelos cantos do galpão

    Composição: Gujo Teixeira / Luiz Marrenco. Essa informação está errada? Nos avise.

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